quarta-feira, 24 de dezembro de 2008
segunda-feira, 22 de dezembro de 2008
quinta-feira, 11 de dezembro de 2008
Cinzento
Talvez por vício profissional, não gosto do cinzento, e por cinzento não me refiro à cor (que me dizem ser neutra, mas deixo isso à vossa consideração), refiro-me à incerteza, ao dúbio. Talvez porque a gestão do cinzento implique paciência, qualidade que infelizmente não tenho em abudância.
fotografias
Fotografia é há já alguns anos uma das minhas paixões mais ou menos assumidas; e digo mais ou menos, porque acabo sempre por não encontrar o tempo que gostaria para lhe dedicar. Mas são raras as vezes em que não tenho uma máquina à mão, sobretudo depois da era das máquinas digitais!
Mas a fotografia é particularmente aconchengante em dias como o de hoje, em que estou cansada e com saudades de casa - o meu estilo de vida nómada tem, por vezes, os seus efeitos em mim, confesso - e com uma constipação irritante... e, por tudo isso, fui "matar saudades" dos amigos com os vários ficheiros, com anos de fotogtafias, aventuras, sorrisos (mas não só)... e estou com um bocadinho mais de energia...
Mas a fotografia é particularmente aconchengante em dias como o de hoje, em que estou cansada e com saudades de casa - o meu estilo de vida nómada tem, por vezes, os seus efeitos em mim, confesso - e com uma constipação irritante... e, por tudo isso, fui "matar saudades" dos amigos com os vários ficheiros, com anos de fotogtafias, aventuras, sorrisos (mas não só)... e estou com um bocadinho mais de energia...
terça-feira, 9 de dezembro de 2008
En passant
Tenho andado com falta de inspiração. Em tudo. A última semana foi, no mínimo, supreendente, mas não tenho como dizê-lo, sequer descrevê-lo. Fico a meio da frases, a meio da história... peloq ue rendo-me às evidências (e ao cansaço...~9, fica para a próxima... aconchego-me na ideia de que o meu, o nosso, jantar de Natal está a chegar e que em breve vou estar rodeada de amigos e quentinho
terça-feira, 2 de dezembro de 2008
A mudança faz (quase) sempre bem
Mudei de local de trabalho, não de trabalho, mas de local, e tenho a dizer que cada vez mais sou uma adepta da mudança... doseada, claro, com bom senso e a mudança genuína, não a fuga para a frente, distinga-se - essa quase nunca resulta.
Mas, então, mudei, mudei de zona de cidade, de estilo de edíficio, de sala (consequência óbvia!). E, assim, deixei um local com séculos de história para um com apenas décadas. Mais feio, sem dúvida, mas aprazível, pese embora. Estuo mais central na cidade parao meu quotidiano, porque, nesta cidade que é poli-central, estava também central... mas não tanto para o meu dia-a-dia.
E, na verdade, regresso a um local de trabalho que já foi o meu, por isso, foi apenas uma semi mudança. E foi simpático o regresso. Soube, sobretudo, bem... foi uma alteração na rotina que ajudou a recuperar um pouquinho do bom humor. E só por isso, valeu a pena!
Mas, então, mudei, mudei de zona de cidade, de estilo de edíficio, de sala (consequência óbvia!). E, assim, deixei um local com séculos de história para um com apenas décadas. Mais feio, sem dúvida, mas aprazível, pese embora. Estuo mais central na cidade parao meu quotidiano, porque, nesta cidade que é poli-central, estava também central... mas não tanto para o meu dia-a-dia.
E, na verdade, regresso a um local de trabalho que já foi o meu, por isso, foi apenas uma semi mudança. E foi simpático o regresso. Soube, sobretudo, bem... foi uma alteração na rotina que ajudou a recuperar um pouquinho do bom humor. E só por isso, valeu a pena!
terça-feira, 25 de novembro de 2008
Há dias assim...
Escreve uma amiga minha, que está longe, a quem mando um enorme beijinho com muita ternura.
Mas há mesmo dias assim, em que as distâncias pesam, a esperança esvai-se como areia entre os dedos e toda a bagagem que carregamos parece excessivamente pesada para o resto da viagem. Mas não há como nos aliviarmos dela. Pertence-nos.
Há dias assim, que em a neve e a chuva, na sua beleza intrínseca, ao invés de diluirem as nossas tristezas e frustrações, potenciam-nas, dando-lhes uma força esmagadora. E a sensação é a de que o amanhã não será diferente, talvez porque o ontem também não o foi. Uma incessante repetição, uma reiterada confirmação dos nossos piores medos e receios. E o frio penetra intensificando o desejo de não me mexer, de não pensar e sobretudo de não sentir.
Há dias assim, em que tudo saiu do sítio, onde a ordem que se conseguira alcançar se desfaz sem serenidade, sem dar acalmia, uma peça cai atrás da outra.
Ha dias assim.
Mas há mesmo dias assim, em que as distâncias pesam, a esperança esvai-se como areia entre os dedos e toda a bagagem que carregamos parece excessivamente pesada para o resto da viagem. Mas não há como nos aliviarmos dela. Pertence-nos.
Há dias assim, que em a neve e a chuva, na sua beleza intrínseca, ao invés de diluirem as nossas tristezas e frustrações, potenciam-nas, dando-lhes uma força esmagadora. E a sensação é a de que o amanhã não será diferente, talvez porque o ontem também não o foi. Uma incessante repetição, uma reiterada confirmação dos nossos piores medos e receios. E o frio penetra intensificando o desejo de não me mexer, de não pensar e sobretudo de não sentir.
Há dias assim, em que tudo saiu do sítio, onde a ordem que se conseguira alcançar se desfaz sem serenidade, sem dar acalmia, uma peça cai atrás da outra.
Ha dias assim.
segunda-feira, 17 de novembro de 2008
quando a felicidade dos outros nos contagia
Dormi pouco, depois de um voo igual a todos os outros dos últimos tempos, mas durante o qual me acompanhou um agradável livro. Menos mau. Mas dormi pouco sinto-me sem paciência para o ritual de preparação pré-boda (não a minha, esclareço desde já). Cabelo, manicure, suspiro com muito pouca paciência. O vestido está passado? Sim, deixei isso feito antes da partida para o norte da Europa. Sapatos... acabo por fazer uma escolha pouco sensata, como horas mais tarde viria a verificar... mala, pequena comme if faut, onde tento enfiar tudo o que preciso para as próximas horas... acaba por não ser uma clutch assim tão pequena (que "mais casamento" diria quem deu parecer máximo sobre a fatiota, mas respondo que o pragmatismo tem de imperar). Depois, o momento menos agradável, esconder as olheiras e o cansaço acumulado das últimas semanas... ah a invenção da maquilhagem! truque aqui, truque ali, anti-olheiras acolá. Olho ao espelho, não estou mal.
Saio, meio a correr... quero evitar o que aconteceu no último casamento, em que tive de pedir à noiva que esperasse um minuto para eu conseguir entrar na Igreja a tempo. Estou cansada e com sono, mas feliz, feliz sobretudo por quem vai casar e por isso, vou, lentamente, na proporcionalidade em que me vou aproximando da Igreja, esquecendo o cansaço. E quando chego, sorrio de genuina alegria e assim será durante as 12h seguintes, durante as quais nem as dores de pés (que ideia a minha de calçar uns saltos de 10 cm!) nem o joão pestana, fizeram esmorecer a boa disposição.
Nada como a felicidade dos outros para que fiquemos igualmente felizes. Aos dois!
Saio, meio a correr... quero evitar o que aconteceu no último casamento, em que tive de pedir à noiva que esperasse um minuto para eu conseguir entrar na Igreja a tempo. Estou cansada e com sono, mas feliz, feliz sobretudo por quem vai casar e por isso, vou, lentamente, na proporcionalidade em que me vou aproximando da Igreja, esquecendo o cansaço. E quando chego, sorrio de genuina alegria e assim será durante as 12h seguintes, durante as quais nem as dores de pés (que ideia a minha de calçar uns saltos de 10 cm!) nem o joão pestana, fizeram esmorecer a boa disposição.
Nada como a felicidade dos outros para que fiquemos igualmente felizes. Aos dois!
terça-feira, 28 de outubro de 2008
3 da manhã
Reviro-me na cama mais uma vez, e desisto, salto para fora, sorrio na lembrança da simpatia de há uns dias, do encontro inesperado, e tento elimnar a lembrança do texto lido há umas horas, que me arruinou o dia e, aparentemente, a minha noite.
Respiro de cansaço e irritação e recupero a conversa, implusionada num jantar de trabalho... que farias agora se pudesses se não fosse o que fazemos? esboço um sorriso tímido... tenho pensado nisso, nas recordações de uma outra profissão que quis que fosse minha por absoluta paixão, abandonada por razões que me ultrapassaram e pela impaciência dos teen's... uhm... pergunta dificil. Gosto genuinamente do faço, apenas cansada das idiotices que lhe andam inerentes...mas que são inerentes a qualquer profissão...Voltam a fazer a pergunta... havia-me perdido por momentos na simpatia e nas minhas deambulaões pelos meus 16-17 anos.
Volto a sorrir, e respomdo "... gosto do que faço". "Sim, mas...", compreendo o "mas". Viajava, respondo sem hesitação. Descalçando as minhas sapatilhas de pontas, os sapatos de salsa e de tango e os tenis de jazz que entretanto havia mentalmente calçado. Reitero, viajava. Responde-me: "é o que tenciono fazer daqui a dois anos". Sorrio novamente. Falamos da viagem que fez África do Sul, Namibía e arredores. Um ano a viajar quando terminou o secundário. Não posso deixar de falar da Argentina, da Ásia, de 2001 e a minha ida aos EUA, trocamos histórias hilariantes de hoteis, pousadas de juventudes e residências de estudantes nas nossas estadias em universidades estrangeiras. Viagens que ainda queremos fazer. Regressamos momentaneamente ao trabalho. E eu regresso agora ao papel que depois de impresso me deixou mal disposta. Muito mal disposta. Viajar... será que posso comprar um bilhete amanhã? com as minhas sapatilhas de pontas e sapatos de salsa e jazz? Não podemos fugir a cada dificuldade, mas podemos pelo menos desligar mentalmente... e agora estou a dançar tango em Buenos Aires, preparando a minha saída para a Paragónia, ansiosa pelo carinho com que me acolheram.
P.S. - Já vos disse que começo as minhas aulas de tango esta semana? As paixões são para a vida e o trabalho de que gostamos não nos pode afastar disso;-)
Respiro de cansaço e irritação e recupero a conversa, implusionada num jantar de trabalho... que farias agora se pudesses se não fosse o que fazemos? esboço um sorriso tímido... tenho pensado nisso, nas recordações de uma outra profissão que quis que fosse minha por absoluta paixão, abandonada por razões que me ultrapassaram e pela impaciência dos teen's... uhm... pergunta dificil. Gosto genuinamente do faço, apenas cansada das idiotices que lhe andam inerentes...mas que são inerentes a qualquer profissão...Voltam a fazer a pergunta... havia-me perdido por momentos na simpatia e nas minhas deambulaões pelos meus 16-17 anos.
Volto a sorrir, e respomdo "... gosto do que faço". "Sim, mas...", compreendo o "mas". Viajava, respondo sem hesitação. Descalçando as minhas sapatilhas de pontas, os sapatos de salsa e de tango e os tenis de jazz que entretanto havia mentalmente calçado. Reitero, viajava. Responde-me: "é o que tenciono fazer daqui a dois anos". Sorrio novamente. Falamos da viagem que fez África do Sul, Namibía e arredores. Um ano a viajar quando terminou o secundário. Não posso deixar de falar da Argentina, da Ásia, de 2001 e a minha ida aos EUA, trocamos histórias hilariantes de hoteis, pousadas de juventudes e residências de estudantes nas nossas estadias em universidades estrangeiras. Viagens que ainda queremos fazer. Regressamos momentaneamente ao trabalho. E eu regresso agora ao papel que depois de impresso me deixou mal disposta. Muito mal disposta. Viajar... será que posso comprar um bilhete amanhã? com as minhas sapatilhas de pontas e sapatos de salsa e jazz? Não podemos fugir a cada dificuldade, mas podemos pelo menos desligar mentalmente... e agora estou a dançar tango em Buenos Aires, preparando a minha saída para a Paragónia, ansiosa pelo carinho com que me acolheram.
P.S. - Já vos disse que começo as minhas aulas de tango esta semana? As paixões são para a vida e o trabalho de que gostamos não nos pode afastar disso;-)
terça-feira, 14 de outubro de 2008
zzzzzz.... preciso!
Deitei-me cansada, e nao consegui descansar. Novamente. Claramente, entrei num ciclo vicioso. Dia de semana atras de dia de semana, sabado atras de sabado e domingo atras de domingo. O malvado stress.
Comeco a pensar em actividades alternativas para o combate, todas elas inspiradas por amigas e amigos: ginasio (so consegui meter la os pe uma vez em duas semanas... not promising), puzzles, fazer malha, ler o Segredo (sim, ate isso... mas mal noa faz certamente, portanto, va, pensamento positivo, sou mestre dos meus pensamentos, etc, etc)... espero que resulte, porque quando se esta em Paris (mesmo que em trabalho) e se quer fugir rapidamente para casa, e porque algo vai mal "no meu reino"... onde anda a ma vie en rose?????
Comeco a pensar em actividades alternativas para o combate, todas elas inspiradas por amigas e amigos: ginasio (so consegui meter la os pe uma vez em duas semanas... not promising), puzzles, fazer malha, ler o Segredo (sim, ate isso... mas mal noa faz certamente, portanto, va, pensamento positivo, sou mestre dos meus pensamentos, etc, etc)... espero que resulte, porque quando se esta em Paris (mesmo que em trabalho) e se quer fugir rapidamente para casa, e porque algo vai mal "no meu reino"... onde anda a ma vie en rose?????
terça-feira, 7 de outubro de 2008
Sr. Outono, dá licença de voltar mais tarde? O guiché de atendimento está encerrado
Hoje acordei com mais energia, talvez a noite mais bem dormida, inspirada por umas frases bem dispostas antes do adormecer. Ou, simplesmente, o meu cérebro decidiu dar tréguas à inquietude e insatisfação. O que seja, acordei mais bem disposta.
Adoptei a rotina do costume até estar pronta, agora com lentes de contacto que me atrasam ainda um pouco a saída de casa. Mas sai, a tempo. Quiosque à esquina, "bom dia", "é quanto?", "aqui está, o resto de um bom dia", jornal debaixo do braço. Sinto entretanto frio, mas o "little black dress for formal casual situations" é de manga comprida, não compreendo (aparentemente, não terei acordado totalmente).
Café ao fim da rua. "Bom dia", "era uma meia torrada em pão saloio, um sumo de laranja natural e um café, por favor". Ento-me, leio as "gordas" enquanto espero. Sinto o cabelo encrespar... mas porquê? Está esticado e tudo (a contragosto da família, que prefere o caracol, mas precisei de dar descanso ao look do costume).
Pequeno almoço tomado, principais notícias lidas, saio do café. e mais frio... de repente, apercebo-me da data de hoje 7 de Outubro, o Verão, e, dizem-me, acabou há dias. Mas não estava convencida, até ter posto o pé fora do café esta manhã.
Mas mesmo assim, respondo: Outono, se não te importas volta noutro dia, porque ainda não me apetece, pode ser?
Adoptei a rotina do costume até estar pronta, agora com lentes de contacto que me atrasam ainda um pouco a saída de casa. Mas sai, a tempo. Quiosque à esquina, "bom dia", "é quanto?", "aqui está, o resto de um bom dia", jornal debaixo do braço. Sinto entretanto frio, mas o "little black dress for formal casual situations" é de manga comprida, não compreendo (aparentemente, não terei acordado totalmente).
Café ao fim da rua. "Bom dia", "era uma meia torrada em pão saloio, um sumo de laranja natural e um café, por favor". Ento-me, leio as "gordas" enquanto espero. Sinto o cabelo encrespar... mas porquê? Está esticado e tudo (a contragosto da família, que prefere o caracol, mas precisei de dar descanso ao look do costume).
Pequeno almoço tomado, principais notícias lidas, saio do café. e mais frio... de repente, apercebo-me da data de hoje 7 de Outubro, o Verão, e, dizem-me, acabou há dias. Mas não estava convencida, até ter posto o pé fora do café esta manhã.
Mas mesmo assim, respondo: Outono, se não te importas volta noutro dia, porque ainda não me apetece, pode ser?
segunda-feira, 6 de outubro de 2008
domingos
7h00 da manhã... não consigo pregar mais olho, apesar de ter mal ter dormido e o dia anterior ter sido passado a coordenar e a montar armários, a colocar candeiros novos (como diriam os anglo-saxónicos, "I am nesting",porque razão? Não sei, e atendendo ao facto de, hoje em dia, viver numa mala e em aeroportos, menos sei). É domingo, caramba, dorme mais umas horas!... o corpo não obedeceu, puxo do livro que estou a ler,... mas é ligado à preparação da apresentação do projecto de tese de doutoramento... não me apetece; puxo do outro livro que estou a ler, sobre a Argentina... também não serve... estou inquieta, ando inquieta. Revista do semanário de eleição. Ponho de lado quase logo a seguir. Olho para o relógio... 7h40... é domingo. Paciência.
Levanto-me, arranjo-me, pego nos ténis, ainda com marcas das caminhadas em Salta, suspiro e saio porta fora. Vou caminhar, para organizar ideias. Parece-me que é o que mais tenho feito ultimamente: caminhar para organizar ideias. E elas, teimosas, continuam desarrumadas. Caminho na realidade sem pensar, concentro-me na música e no lema "just do it" (da celebrada marca de ténis, sim, essa mesma que estão a pensar). O problema é que o "just do it"´não é fácil de aplciar: vendo ou alugo a casa, arranjo emprego no outro lado do mundo ou em África, e depois? Tudo parece uma ideia romântica. Mas tantas pessoas o fazem, porque é que eu me sinto tão presa a minha vida actual, quando claramente não me está a encher as medidas?
Continuo a caminhar. E a ouvir música. E as ideias aidna desorganizadas... posso ligar ao doutoramento, a ideia presta-se a isso, um ano aqui, um ano ali, pesquiso e ajudo... continuo a caminhar... o caminho a percorrer foi ainda longo. É ainda longo.
Levanto-me, arranjo-me, pego nos ténis, ainda com marcas das caminhadas em Salta, suspiro e saio porta fora. Vou caminhar, para organizar ideias. Parece-me que é o que mais tenho feito ultimamente: caminhar para organizar ideias. E elas, teimosas, continuam desarrumadas. Caminho na realidade sem pensar, concentro-me na música e no lema "just do it" (da celebrada marca de ténis, sim, essa mesma que estão a pensar). O problema é que o "just do it"´não é fácil de aplciar: vendo ou alugo a casa, arranjo emprego no outro lado do mundo ou em África, e depois? Tudo parece uma ideia romântica. Mas tantas pessoas o fazem, porque é que eu me sinto tão presa a minha vida actual, quando claramente não me está a encher as medidas?
Continuo a caminhar. E a ouvir música. E as ideias aidna desorganizadas... posso ligar ao doutoramento, a ideia presta-se a isso, um ano aqui, um ano ali, pesquiso e ajudo... continuo a caminhar... o caminho a percorrer foi ainda longo. É ainda longo.
sábado, 27 de setembro de 2008
segunda-feira, 22 de setembro de 2008
é da praxe, haver praxe
É da praxe, em início de ano lectivo, nas universidades portuguesas (e não só, pese embora, nem sempre, noutros países, as datas coincidam com as lusas), ver nos primeiros dias caloiros praxados. É da praxe!
Hoje, durante uma aula de condução, o percurso ditado pelo instrutor implicou uma passagem pela cidade universitária de Lisboa. Ao meu redor, vi muita comoção, muitos posters e faixas (estas de protesto, estou em crer, à politica do Ministério da Educação para o ensino superior). Confesso, no momento, não percebi completamente o porquê de tanta gente reunida na Alameda da Universidade. Até porque, não era o mesmo tipo de aglomeração que o final do turno de aulas costuma provocar. Mas não pensei mais no assunto. O dia estava a começar e eu tinha mil e uma coisas na lista dos afazeres para riscar.
Não pensei mais no assunto até à hora do almoço. Agora, noutro ponto da cidade, mas muito próximo da Faculdade de Belas Artes, reeencontrei novamente comoção académica, claramente identificável pelo traje, também da praxe!, que os estudantes envergavam... e pelos outros, também estudantes, sem traje, mas bastante pintalgados... o que os identificava, claro está, como caloiros.
Confesso que nunca fui fã da praxe, e o que fazia, durante os anos de licenciatura, era tentar fazer escapar alguns dos rituais que se praticavam na minha alma mater... e nunca fui fã, não por "caretice", mas porque tinha, e tenho, sérias dúvidas quanto ao papel "intregador" que professam ser o obejctivo da praxe. Não há integração, lamento, o que há, é momentos de alguma ridicularização dos que acabam de entrar para a universidade, que eventualmente os une entre si (e mesmo assim tenho dúvidas), mas pouco ou nada faz para os ajudar nos primeiros dias num ambiente absolutamente novo e, vezes sem conta, desorganizado e confuso para quem acaba de chegar. E por isso, aqui fica um post de dúvida sobre a praxe de praxar.
Hoje, durante uma aula de condução, o percurso ditado pelo instrutor implicou uma passagem pela cidade universitária de Lisboa. Ao meu redor, vi muita comoção, muitos posters e faixas (estas de protesto, estou em crer, à politica do Ministério da Educação para o ensino superior). Confesso, no momento, não percebi completamente o porquê de tanta gente reunida na Alameda da Universidade. Até porque, não era o mesmo tipo de aglomeração que o final do turno de aulas costuma provocar. Mas não pensei mais no assunto. O dia estava a começar e eu tinha mil e uma coisas na lista dos afazeres para riscar.
Não pensei mais no assunto até à hora do almoço. Agora, noutro ponto da cidade, mas muito próximo da Faculdade de Belas Artes, reeencontrei novamente comoção académica, claramente identificável pelo traje, também da praxe!, que os estudantes envergavam... e pelos outros, também estudantes, sem traje, mas bastante pintalgados... o que os identificava, claro está, como caloiros.
Confesso que nunca fui fã da praxe, e o que fazia, durante os anos de licenciatura, era tentar fazer escapar alguns dos rituais que se praticavam na minha alma mater... e nunca fui fã, não por "caretice", mas porque tinha, e tenho, sérias dúvidas quanto ao papel "intregador" que professam ser o obejctivo da praxe. Não há integração, lamento, o que há, é momentos de alguma ridicularização dos que acabam de entrar para a universidade, que eventualmente os une entre si (e mesmo assim tenho dúvidas), mas pouco ou nada faz para os ajudar nos primeiros dias num ambiente absolutamente novo e, vezes sem conta, desorganizado e confuso para quem acaba de chegar. E por isso, aqui fica um post de dúvida sobre a praxe de praxar.
quinta-feira, 11 de setembro de 2008
Memórias de Férias I
Coloco o "I" no seguimento de memórias porque, na realidade, não sei quantas vezes serei invadida pelo sentimento de alguma saudade de que padeço neste exacto momento (sei, isso sim, que não é a primeira que o sinto no último mês). E é essa mesma saudade que me leva a escrever sobre alguns dos episódios das minhas semanas na Argentina e, já agora, aproveito para dar umas dicas ao próximos vistantes;-). As dicas nunca são demais. Assim, e antes de qualquer outro desenvolvimento, o nome a fixar, caso se visite Mendonza e arredores, é o de Mr. Hugo.
Mendonza foi a terceira cidade que conheci, depois de uns dias em Buenos Aires e 48h em Córdoba (e não contando com todas as terras e terrinahs pelo km que fiz entre estas). Por várias razões, é a que eventualmente mais me ficará no coração (ainda que ainda esteja indecisa... face a Córdoba, por semelhantes fundamentos). E, em particular - e sem qualquer desprimor (até porque seria impossível!!!) para todas as minhas outras experiências e aventuras - o meu périplo de bicicleta por entre adegas mendozinas.
São 24 KM, uns mais agradáveis que outros (o início da viagem é ainda em estrada desorganizada e com muitas obras, o que justifica o "mais" e "menos"), que se estendem pelas horas que se desejar (dentro de alguns limites relacionados com o termos de devolver a bicileta, mas sem stress, tudo muito tranquilo).
No meu caso, o periplo durou mais de 10h (e não conto com o autocarro que me levou à zona das vinhas ou com a festa que se seguiu ao regresso ao centro de Mendonza). Não podia ter escolhido melhor companhia, nem melhor fornecedor de bicicletas... e deixando a companhia para outro dia, concentro-me, então, no já falado Sr. Hugo.
Sr. Hugo fornece, por 28 Pesos (cerca de 6 Euros, à taxa de câmbio de Agosto), bicicleta até às 18h (esqueçam, tive a minha até às 20h, por isso, horário flexível), mapa, conselhos, número de telefone para qualquer problema, garrafa de água, preocupação para com as pessoas que com ele travam conhecimento, e, mais do que tudo, simpatia sem limite. Tudo muito regado com vinho, da degustação ao longo da quilometragem já indicada, e mais ainda oferecido pelo Mr. Hugo (mais uma vez), e boa conversa, com quem se vai conhecendo pelo caminho e com quem já se conhecia, mas, assim, conhece-se mais e, sim, novamente, Mr. Hugo e, agora acrescento, sua mulher. "salud"!!!
Foi, sem margem para dúvida, das melhores horas que passei nos últimos anos, de inteira liberdade, sem preconceitos sociais e seus bloqueios, em alegria absoluta e restaurando a minha fé no ser humano. Porque é impossível mantermos uma visão desconfiada, quase cínica, face ao ser humano, depois de tanta simpatia, bondade, boa disposição(também, mas não só, do Mr. Hugo). "Salut" (não não há aqui uma gralha... o primeiro foi em castelhano, o segundo é mesmo francês).
E, assim, recomendo uma ida a Mendonza, de braços abertos ao que vier (e ao que não vier também, sem problemas) e com passagem obrigatória no estabelecimento do Mr. Hugo, bebendo um bom Malbec e pedalando alegremente. "Saúde"!!!
quarta-feira, 10 de setembro de 2008
MAMA MIA!!!
É sabido (e escrevo com um ligeiro sorriso no rosto) que fãs dos ABBA não precisam de se manter em segredo, isto porque, depois de décadas de ser apelidados de "kicth", a banda sueca é "fashion"... e ontem fui ver o filme que, depois do musical que fez furor - nomeadamenre na Broadway (e já visitou Lisboa)-, faz com que meio mundo ande a cantarolar o "Dancing Queen", o (claro está!) "Mama mia", "Money, money" e outros sucessos "abbescos".
O filme não é, nem pretende ser, "filme de autor". O filme é aquilo exactamente pretende ser: puro entertenimento e divertimento. As coreografias são divertidas, mesmo que de qualidade duvidosa, as vozes, essas, algumas são excelentes, outras ouvem-se e a outras... bem, a outras, sejamos honestos, sobrevive-se (mas convenhamos, o senhor Pierce Brosnan não precisa de cantar bem, para ser uma companhia aprazível durante duas horas de película).
Li algures que era impossível não se gostar do "Mama Mia"-filme pela boa disposição de que está imbuído e que contagia todos os que o vão ver, e assim é. Apesar do dia de trabalho longo e do cansaço daí proveniente, sai a cantar e a dançar, à meia-noite (!), da sala de cinema!!! e só por isto, vale a pena!
O filme não é, nem pretende ser, "filme de autor". O filme é aquilo exactamente pretende ser: puro entertenimento e divertimento. As coreografias são divertidas, mesmo que de qualidade duvidosa, as vozes, essas, algumas são excelentes, outras ouvem-se e a outras... bem, a outras, sejamos honestos, sobrevive-se (mas convenhamos, o senhor Pierce Brosnan não precisa de cantar bem, para ser uma companhia aprazível durante duas horas de película).
Li algures que era impossível não se gostar do "Mama Mia"-filme pela boa disposição de que está imbuído e que contagia todos os que o vão ver, e assim é. Apesar do dia de trabalho longo e do cansaço daí proveniente, sai a cantar e a dançar, à meia-noite (!), da sala de cinema!!! e só por isto, vale a pena!
terça-feira, 9 de setembro de 2008
Regresso de férias II
Neste já avançado regresso de férias, que lentamente substitui a saudade ligeira por uma saudade intensa (que aumenta na imediata proporção em que a rotina se instala, apercebo-me do quão relapsa tenho sido na minha escrita (e, também, em jeito de confissão culpada, nas minhas leituras). E não por esquecimento ou por falta de vontade, mas, sim, por falta de inspiração. Que continua em falta.
Depois de umas semanas de inércia e rejeição inconsciente (ou talvez não) de todas as tarefas quotidianas, volto, porque não há outra hipótese (ou talvez exista, mas ainda não a encontrei), ao dia-a-dia que já conheço. Lista de tarefas para estas semanas: ginásio (check!), arrumação de roupa (check!), carta (check!... quase), não suspirar pela próxima viagem (sem check! a administração lamenta, mas não é possível atender a este pedido); matar saudades dos amigos o mais possível (check o mais e sempre que possível!); ... a lista é interminável... é o que acontece quando se reorganizam prioridades, ideias e projectos. Novo percurso? (um talvez check...)
Depois de umas semanas de inércia e rejeição inconsciente (ou talvez não) de todas as tarefas quotidianas, volto, porque não há outra hipótese (ou talvez exista, mas ainda não a encontrei), ao dia-a-dia que já conheço. Lista de tarefas para estas semanas: ginásio (check!), arrumação de roupa (check!), carta (check!... quase), não suspirar pela próxima viagem (sem check! a administração lamenta, mas não é possível atender a este pedido); matar saudades dos amigos o mais possível (check o mais e sempre que possível!); ... a lista é interminável... é o que acontece quando se reorganizam prioridades, ideias e projectos. Novo percurso? (um talvez check...)
segunda-feira, 18 de agosto de 2008
Regresso de férias
Ainda não senti o regresso de férias. E, confesso, não me apetece sentir.
A Argentina, por tudo, pelas pessoas, pela paisagem, pelas aventuras, pelos amigos, pela aprendizagem, está ainda em mim... ou eu na Argentina (bem gostava!!!!)
revejo as fotografias e não consigo deixar de sorrir e o sorriso transforma-se em riso e o riso em sorriso... um ciclo completo de boas emoções, quentes e ternas.
E com esta terna, doce nostalgia, regresso ao trabalho, piscando o olho á Patagónia.
A Argentina, por tudo, pelas pessoas, pela paisagem, pelas aventuras, pelos amigos, pela aprendizagem, está ainda em mim... ou eu na Argentina (bem gostava!!!!)
revejo as fotografias e não consigo deixar de sorrir e o sorriso transforma-se em riso e o riso em sorriso... um ciclo completo de boas emoções, quentes e ternas.
E com esta terna, doce nostalgia, regresso ao trabalho, piscando o olho á Patagónia.
sábado, 26 de julho de 2008
O silêncio justificado
É verdade, há já semanas que não escrevo, mas sempre por boas razões: Florença foi uma experiência maravilhosa e cidade em que brindei a minha entrada nos trinta, rodeada de pessoas bem dispostas e carinhosas, para mais tarde voltar a celebrar com mais pessoas bem dispostas e carinhosas! Itália, portanto, completamente recomendável, boa comida, boa bebida, boa paisagem e boa companhia. Vale sempre a pena viajar, mas assim, mais ainda.
Por ora, encontro-me em Buenos Aires, e... encantada! Para já, porque estou a matar saudades de amigos, e isso sabe mesmo bem! Depois, pela cidade, que ainda conheço pouco, afinal cheguei há pouco mais de dois dias. Mas estou convencida que Buenos Aires e a restante aventura pela Argentina será "bárbara"! E prometo que bou "postando" de quando em vez.
Para já, feliz da vida!
Por ora, encontro-me em Buenos Aires, e... encantada! Para já, porque estou a matar saudades de amigos, e isso sabe mesmo bem! Depois, pela cidade, que ainda conheço pouco, afinal cheguei há pouco mais de dois dias. Mas estou convencida que Buenos Aires e a restante aventura pela Argentina será "bárbara"! E prometo que bou "postando" de quando em vez.
Para já, feliz da vida!
terça-feira, 17 de junho de 2008
Nada como um professor que nos inspira
e nada como o método socrático!
Um bom dia de aulas, portanto... também já não me lembrava do que isso realmente era. Pelo menos tantas horas seguidas, mas o grupo de trabalho é interessante, o que faz as discussões interessantes. Em verdadeiro espírito académico, podemos questionar tudo, desde que fundamentando, mas simplesmente ter dúvidas quanto ao que nos está a ser apresentado. Umas coias menos ortodoxas do que outras.
Agora em preparação para ver um jogo de futebol, Itália-França, em pleno centro de Florença... experiência em primeira mão para mim, que fujo de multidões o mais possível, mas desta feita, porque não?
Florença está a ser remédio santo para as mazelas e um óptimo re-abrir de horizontes... quão fácil é enterrarmo-nos no trabalho que estamos a fazer no momento.
E por aqui fico, pelo menos por ora;-)
Um bom dia de aulas, portanto... também já não me lembrava do que isso realmente era. Pelo menos tantas horas seguidas, mas o grupo de trabalho é interessante, o que faz as discussões interessantes. Em verdadeiro espírito académico, podemos questionar tudo, desde que fundamentando, mas simplesmente ter dúvidas quanto ao que nos está a ser apresentado. Umas coias menos ortodoxas do que outras.
Agora em preparação para ver um jogo de futebol, Itália-França, em pleno centro de Florença... experiência em primeira mão para mim, que fujo de multidões o mais possível, mas desta feita, porque não?
Florença está a ser remédio santo para as mazelas e um óptimo re-abrir de horizontes... quão fácil é enterrarmo-nos no trabalho que estamos a fazer no momento.
E por aqui fico, pelo menos por ora;-)
segunda-feira, 16 de junho de 2008
Arrivato!
Depois de avião, comboio, tentativa fracassada de apanhar outro comboio (sim, foi ver-me correr com 16hk de um lado e uns 6 do outro para um comboio que, contudo, iniciou e prosseguiu marcha sem mim), sucesso na segunda tentativa de apanhar o eurostar para Florença, apinhado de turistas e estudantes, mas que proveu a uma viagem agradável até à Estação Central de Firenze.
Depois telefone para flatmate das próximas duas semanas para orientações gerais de como chegar, mais uma viagem com os 26kg de bagagem no autocarro e eis que cheguei, uff (agradeci secretamente o ar ainda fresco que brinda esta terra), ao meus aposentos. Não reais, mas perfeitamente aceitáveis.
O impacto da casa onde me acolheram é: "Meu Deus, já me tinha esquecida do que são prazos de entrega de teses", i.e., da confusao em que se vive, sobretudo a chegada de prazos, mas sorri e pensei não foi assim há tnato tempo nem falta assim tanto tempo;-)
Pequena caminhada até ao instutito de direito europeu, para no dia seguinte não ir completamente perdida - e sobretudo não ter de acordar mais cedo... não, não, nao, há que dormir o mais possível, enquanto se pode!
Hoje, o primeiro dia deste tipo de cursos, novas pessoas, conversa de onde és, o que fazes (sim, quando se reunem criaturas a estudar Direito da Guerra e Direitos Humanos, perguntar o que se faz é uma inevitabilidade, até porque, como provado hoje, temos semrpe pessoas conhecidas em comum), enfim, primeiras impressões, alguém a falar um português cantado do outro lado do oceano, a conversa do Euro (já agora quem ganhou ontem PT ou SZ, visto não ter encontrado uma televisão ou café aberto para ver ou dar uma vista de olhos... Suíca... não sei porquê a pergunta não me surpreendeu, mas acho que foram os comentários dos "especialistas" de bancada no aeroporto.
Aula para aqui, aula para ali, coisas já conhecidas, outras para pensar, mais troca de impressões.
Depois caminhar um pouco pela cidade... mas essas impressões ficam para outro post;-)
Depois telefone para flatmate das próximas duas semanas para orientações gerais de como chegar, mais uma viagem com os 26kg de bagagem no autocarro e eis que cheguei, uff (agradeci secretamente o ar ainda fresco que brinda esta terra), ao meus aposentos. Não reais, mas perfeitamente aceitáveis.
O impacto da casa onde me acolheram é: "Meu Deus, já me tinha esquecida do que são prazos de entrega de teses", i.e., da confusao em que se vive, sobretudo a chegada de prazos, mas sorri e pensei não foi assim há tnato tempo nem falta assim tanto tempo;-)
Pequena caminhada até ao instutito de direito europeu, para no dia seguinte não ir completamente perdida - e sobretudo não ter de acordar mais cedo... não, não, nao, há que dormir o mais possível, enquanto se pode!
Hoje, o primeiro dia deste tipo de cursos, novas pessoas, conversa de onde és, o que fazes (sim, quando se reunem criaturas a estudar Direito da Guerra e Direitos Humanos, perguntar o que se faz é uma inevitabilidade, até porque, como provado hoje, temos semrpe pessoas conhecidas em comum), enfim, primeiras impressões, alguém a falar um português cantado do outro lado do oceano, a conversa do Euro (já agora quem ganhou ontem PT ou SZ, visto não ter encontrado uma televisão ou café aberto para ver ou dar uma vista de olhos... Suíca... não sei porquê a pergunta não me surpreendeu, mas acho que foram os comentários dos "especialistas" de bancada no aeroporto.
Aula para aqui, aula para ali, coisas já conhecidas, outras para pensar, mais troca de impressões.
Depois caminhar um pouco pela cidade... mas essas impressões ficam para outro post;-)
domingo, 15 de junho de 2008
Florença, a aventura começa
E começa com o aeroporto de Lisboa cheio de bandeiras, t-shirts, e toda a parnafenália que caracteriza adeptos "on the move"... no caso, destino: Suíça, para o jogo PT-SZ.
Eu, de mochila em ombro (como é que consigo sempre ir com a dita carregadíssima????), mala a tiracolo (beware of pickpockers é provavelmente o conselho que mais li em tudo o que é site sobre Itália... mas eu continuo com fé humana, mas lá segui as regras tradicionais nestas matérias: distribuição ddos bens), jornal para ir lendo, interroagações quanto como é que vou chegar à casa onde aluguei o quarto, já que não tenho conseguido falar com as pessoas que me alugaram o quarto há uns dias (e, aqui, sim, desconfio, mas respiro fundo e penso, nah, vai correr tudo lindamente, a malta é toda honesta e senão... terei de procurar um quarto para prenoitar e amanhã logo pensarei na questão).
Vou para Itália, deixando mais de metade de mim em Lisboa... são 15 dias apenas, mas tenho a sensação de que precisava de estar por cá para resolver o que está por resolver e arrumar o que está por arrumar. Mas Itália, terra de boa vivênvia e gosto intrínseco por tudo o que é bom e agradável. Talvez seja o remédio e a quantidade exacta que os médicos prescrevem para estas ocasiões.
On y va...
Eu, de mochila em ombro (como é que consigo sempre ir com a dita carregadíssima????), mala a tiracolo (beware of pickpockers é provavelmente o conselho que mais li em tudo o que é site sobre Itália... mas eu continuo com fé humana, mas lá segui as regras tradicionais nestas matérias: distribuição ddos bens), jornal para ir lendo, interroagações quanto como é que vou chegar à casa onde aluguei o quarto, já que não tenho conseguido falar com as pessoas que me alugaram o quarto há uns dias (e, aqui, sim, desconfio, mas respiro fundo e penso, nah, vai correr tudo lindamente, a malta é toda honesta e senão... terei de procurar um quarto para prenoitar e amanhã logo pensarei na questão).
Vou para Itália, deixando mais de metade de mim em Lisboa... são 15 dias apenas, mas tenho a sensação de que precisava de estar por cá para resolver o que está por resolver e arrumar o que está por arrumar. Mas Itália, terra de boa vivênvia e gosto intrínseco por tudo o que é bom e agradável. Talvez seja o remédio e a quantidade exacta que os médicos prescrevem para estas ocasiões.
On y va...
quarta-feira, 11 de junho de 2008
Fernando Pessoa dixit
Estou cansado, é claro,
Porque, a certa altura, a gente tem que estar cansado.
De que estou cansado, não sei:
De nada me serviria sabê-lo,
Pois o cansaço fica na mesma.
A ferida dói como dói
E não em função da causa que a produziu.
Sim, estou cansado,
E um pouco sorridente
De o cansaço ser só isto —
Uma vontade de sono no corpo,
Um desejo de não pensar na alma,
E por cima de tudo uma transparência lúcida
Do entendimento retrospectivo...
E a luxúria única de não ter já esperanças?
(...)
Porque, a certa altura, a gente tem que estar cansado.
De que estou cansado, não sei:
De nada me serviria sabê-lo,
Pois o cansaço fica na mesma.
A ferida dói como dói
E não em função da causa que a produziu.
Sim, estou cansado,
E um pouco sorridente
De o cansaço ser só isto —
Uma vontade de sono no corpo,
Um desejo de não pensar na alma,
E por cima de tudo uma transparência lúcida
Do entendimento retrospectivo...
E a luxúria única de não ter já esperanças?
(...)
Lamento, desde já, o pouco entusiasmo
Vi o jogo PT-CZ meia emigrante, na cidade que me tem recebido semanal ou quinzenalmente no último ano e uns meses. V o jogo em casa de amigo, com calma, mas com o portátil à frente. Outras questões para resolver. Sim. É verdade. Confesso até que tinha esperança que o jogo visto em terra estrangeira me afastasse do que se anda a passar, do stress.
Mas confesso novamente, gosto de um bom derby, mas não me deixo ir pela onda.
mas ganharam, os rapazes e com bons momentos. venha a Suíça! Saberei do resultado já em terras italianas!
Mas confesso novamente, gosto de um bom derby, mas não me deixo ir pela onda.
mas ganharam, os rapazes e com bons momentos. venha a Suíça! Saberei do resultado já em terras italianas!
domingo, 8 de junho de 2008
Em fim de semana de início de campeonato europeu
Confesso, percebo pouco de futebol, quase nada mesmo. Vou seguindo os grandes campeonatos, mas sem grande paixão. O que não quer dizer que não goste de ver um jogo bem jogado, Gosto. Tem intensidade, técnica, táctica.
Mas não compreendo inteiramente a loucura que por estes dias se vê e lê, e já antes do início do Europeu se sentia. Percebo que se apoie os desportistas. Inteiramente de acordo com isso. Por isso mesmo, também apoio nos campeonatos de atletismo, nos jogos olímpicos e afins.
No entanto, que telejornais e jornais abram ou tenham como primeiras páginas quase exclusivamente "bola" parece-me excessivo, em dias em que há guerras a decorrer, crises económicas e humanitárias. Ok, também podemos dize que "basta" de más notícias. Mas daí a ter páginas e páginas - e não em jornais desportivos, o que seria justificável - de fotografias, comentários múltiplos e multiplicados quanto a todo o aspecto de 90 minutos no relvado... uhm... não estejamos a exagerar na dose?
Mas não compreendo inteiramente a loucura que por estes dias se vê e lê, e já antes do início do Europeu se sentia. Percebo que se apoie os desportistas. Inteiramente de acordo com isso. Por isso mesmo, também apoio nos campeonatos de atletismo, nos jogos olímpicos e afins.
No entanto, que telejornais e jornais abram ou tenham como primeiras páginas quase exclusivamente "bola" parece-me excessivo, em dias em que há guerras a decorrer, crises económicas e humanitárias. Ok, também podemos dize que "basta" de más notícias. Mas daí a ter páginas e páginas - e não em jornais desportivos, o que seria justificável - de fotografias, comentários múltiplos e multiplicados quanto a todo o aspecto de 90 minutos no relvado... uhm... não estejamos a exagerar na dose?
domingo, 1 de junho de 2008
sexta-feira, 30 de maio de 2008
É fim de semana
e só me apetece ficar no meu canto. Não só pelas 500 coisas que tenho de fazer, o facto de me virem entregar coisas a casa, naquele horário maravilha de "a partir das 13h", mas porque simplesmente não me apetece encarar o mundo.
Cheguei à conclusão que, apesar de querermos contrariar o sabedoria dos que nos rodeia, há situações em que simplesmente, os que nos rodeiam têm razão.
Por momentos, achámos, melhor, tivémos a esperança que o comportamento humano não fosse tão privísivel. Mas, não, eu estava errada. não os outros.
É fim de semana, e vou ficar no meu canto.
Cheguei à conclusão que, apesar de querermos contrariar o sabedoria dos que nos rodeia, há situações em que simplesmente, os que nos rodeiam têm razão.
Por momentos, achámos, melhor, tivémos a esperança que o comportamento humano não fosse tão privísivel. Mas, não, eu estava errada. não os outros.
É fim de semana, e vou ficar no meu canto.
quarta-feira, 21 de maio de 2008
Devagarinho, vou organizando as coisas... porque o que tem de ser tem muita força
viagens marcadas - check, só falta mandar emitir
local para ficar - check (Florença, após 25 emails, a perspectiva de uma pensão perdida sabe-se lá onde, bem onde ainda não chegou pelo menos o e-mail?!, muitas respostas "the room has been rented out", parece haver luz no fundo do túnel e vou partilhar casa com 3 young professionals;-), a la residência espanhola meets Bonecas Russas; Buenos Aires, os meus queridos amigos de quem tenho tannnntas saudades
material de estudo - check, os necessários guias de viagens... Tenho é de lê-los;-) o de Florença vai comigo na próxima viagem de avião que é já no domingo, a Argentina, tenho de o ler com mais calma...
calendário de trabalho arrumado até às várias partidas - nem por isso, mas lá me arranjarei.
E por uns segundos esqueci-me do que me tem incomodado durante o dia.
terça-feira, 20 de maio de 2008
O que tem de ser tem muita força
Diz a cultura popular. Mas por vezes tenho tendência para não seguir a sabedoria de experiência feito ("shame on me")... o que tem de ser, neste momento, é preparar, além de várias coisas de trabalho que ainda implicam saltitar entre Bruxelas e Lisboa várias vezes, uma quinzena em Florença (estou na fase do stress absoluto: não há aparentemente sítio para eu ficar.... rrrr... mas enfim, nem que fique pensão a la italiana) e as três semanas na Argentina. Mas, confesso, a vontade que tenho é de me enfiar nos diferentes aviões e não pensar muito. Florença é para me embrenhar no mundo académico depois de um intervalo de quase dois anos, por isso, o pensar é mesmo para quando chega lá. A Argentina, devia (terá de ser) planeada (apesar de com o frio não incluir a ida a Patagónia, há muito que ver e por isso, organizar)... mas lá está só me apetece enfiar-me num avião e encontrar os meus amigos do outro lado do Atlântico.
O tem de ser deveria ser também um abrandar de ritmo, mas que sou incapaz de adoptar e vou perdendo fins de semana e feriados em trabalho e viagens que queria fazer, mas dificilmente consigo meter na agenda.
O que tem de ser, agora, é dar tempo ao tempo... mas sou impaciente, e o tempo parece passar a ritmo de caracol, e com ele não vai o que devia ir.
o que tem de ser tem muita força, mas ainda não tanta...
O tem de ser deveria ser também um abrandar de ritmo, mas que sou incapaz de adoptar e vou perdendo fins de semana e feriados em trabalho e viagens que queria fazer, mas dificilmente consigo meter na agenda.
O que tem de ser, agora, é dar tempo ao tempo... mas sou impaciente, e o tempo parece passar a ritmo de caracol, e com ele não vai o que devia ir.
o que tem de ser tem muita força, mas ainda não tanta...
sábado, 17 de maio de 2008
"...It is also good to love: because love is difficult. For one human being to love another human being: that is perhaps the most difficult task that has been entrusted to us, the ultimate task, the final test and proof, the work for which all other work is merely preparation..."
Letters to a young poet
Letters to a young poet
quarta-feira, 14 de maio de 2008
Aos amigos!
os que nos apanham nas quedas, riem e choram connosco, nos dão o ombro, mas tmabém a palmada. Aos que nos arrancam com mais ou menos sucesso, mas sem nunca desistir dos momentos menos felizes e, também - claro - brincam e festejam em dias mais felizes!
terça-feira, 13 de maio de 2008
As palavras
O poder das palavras é enorme, é um dado adquirido. Vivemos com elas quotidinamente, e acho que perdemos a noção da sua real importância, a menos que profissionalmetne tenhamos de ter de um especial cuidado com as mesmas. Mas em regra, estou certa, mas podem contradizer-me, escritores, poetas, ensaistas, investigadores, quando estão no plano não profissional, tem uma relação menos consciente com as palavras.
Não tendo eu qualquer uma das profissões acima descritas, mas tendo de trabalhar com palavras constantemente e ter em atenção o seu significado e a sua inserção num determinado contexto, bem como na diferença que uma vírgula, um ponto, uma regra gramatical pode fazer, e apreciando um bom orador, e admirando os que têm o dom da palavra, tenho outro tipo de relação com a mesma quando desligo o interruptor profissional.
Até que de repente, nos relembram que as palavras podem fazer-nos sentir genuinamente bem e felizes ou ferir e trazer infelicidade num ápice.Essa é a genuína força da palavra, essa a que se traduz nos livros, nas letras, na poesia, nas crónicas, etc.
E há também as palavras que são trocadas, múltiplas vezes e só criam más interpretações- sim, porque as palavras são interpretadas, por mais claros que tentemos ser - e dão azo a erros de comunicação. E não há nova tecnologia que resolva. Às veszes, é mesmo assim: tenta-se e tenta-se, trocam-se e-mails, mensagens e telefonemas e a única coisa que se consegue é ferir-nos (ou ferirem-nos) e eventualmente aos outros. Há altura que de facto, os actos são preferíveis. Infelizmente, também esses se afastam, muitas vezes, das nossas esperanças.
E resta o silêncio e a distância. Até que o zumbido das palavras, escritas ou ditas e dos actos ou da ausência dos mesmos, cessem. e se possa recuperar a fugaz paz que vamos encontrando aqui e ali.
Não tendo eu qualquer uma das profissões acima descritas, mas tendo de trabalhar com palavras constantemente e ter em atenção o seu significado e a sua inserção num determinado contexto, bem como na diferença que uma vírgula, um ponto, uma regra gramatical pode fazer, e apreciando um bom orador, e admirando os que têm o dom da palavra, tenho outro tipo de relação com a mesma quando desligo o interruptor profissional.
Até que de repente, nos relembram que as palavras podem fazer-nos sentir genuinamente bem e felizes ou ferir e trazer infelicidade num ápice.Essa é a genuína força da palavra, essa a que se traduz nos livros, nas letras, na poesia, nas crónicas, etc.
E há também as palavras que são trocadas, múltiplas vezes e só criam más interpretações- sim, porque as palavras são interpretadas, por mais claros que tentemos ser - e dão azo a erros de comunicação. E não há nova tecnologia que resolva. Às veszes, é mesmo assim: tenta-se e tenta-se, trocam-se e-mails, mensagens e telefonemas e a única coisa que se consegue é ferir-nos (ou ferirem-nos) e eventualmente aos outros. Há altura que de facto, os actos são preferíveis. Infelizmente, também esses se afastam, muitas vezes, das nossas esperanças.
E resta o silêncio e a distância. Até que o zumbido das palavras, escritas ou ditas e dos actos ou da ausência dos mesmos, cessem. e se possa recuperar a fugaz paz que vamos encontrando aqui e ali.
domingo, 11 de maio de 2008
Rows and floes of angel hair
And ice cream castles in the air
And feathere canyons evrywhere
I've looked at clouds that way
But now they only block the sun
They rain and snow on evryone
So many things I would have done
But clouds got in my way
I've looked at clouds from both sides now
From up and down, and still somehow
Its cloud illusions I recall
I really dont know clouds at all
Moons and junes and ferris wheels
The dizzy dancing way you feel
As every fairy tale comes real
I've looked at love that way
But now its just another show
You leave em laughing when you go
And if you care, don't let them know
Don't give yourself away
I've looked at love from both sides now
From give and take, and still somehow
Its loves illusions I recall
I really don't know love at all
Tears and fears and feeling proud
To say I love you right out loud
Dreams and schemes and circus crowds
I've looked at life that way
But now old friends are acting strange
They shake their heads, they say Ive changed
Well somethings lost, but somethings gained
In living evry day
I've looked at life from both sides now
From win and lose and still somehow
It's life's illusions I recall
I really dont know life at all
I've looked at life from both sides now
From up and down, and still somehow
It's lifes illusions I recall
I really dont know life at all
Joni Mitchell
sexta-feira, 25 de abril de 2008
terça-feira, 8 de abril de 2008
quarta-feira, 26 de março de 2008
Um Ano
No passado domingo, fez um ano que regressei para Lisboa. De malas e bagagens e mais uma mudança de casa, de cidade e de país. Sem respirar. O tempo que precedeu o meu regresso foi de decisões complicadas, como são aquelas que sabemos que podem determinar o curso, pelo menos a médio prazo, da nossa vida. Havia deixado Lisboa sete meses antes, a caminho da realização de um sonho, que não foi tanto como havia pensado que seria. Foram sete meses de desafio quase constante, pelo que assisti, pelo que aprendi, pelo crescimento que implicou. Como havia implicado uma outra fase da minha vida, onde também o sonho não foi o que pensava que seria. E cresci. Regressei no meio de tudo isto, de todas as decisões, do caminho que calcorreei, sem ter tempo para processar o último ano (aliás os últimos dois anos, mas isso é outra história), e mergulhei numa rotina louca, mas muitas (tantas e tantas!) vezes recompensadoras, outras menos, mas esssas são também importantes. Por isso, por ora, apenas digo: um ano, qeu o que se segue seja igualmente interessante
domingo, 16 de março de 2008
Ode à simplicidade
Tenho vários amigos a preconizar um retorno ou à busca de uma forma de vida, ou escolhas na mesma, mais simples, "descomplicar".
Não posso não me sentir atraída à mesma vontade, de viver as coisas de forma mais simples, eventualmente de forma mais despojada, mas mais intensa.
À simplicidade e à sua beleza inerente.
Não posso não me sentir atraída à mesma vontade, de viver as coisas de forma mais simples, eventualmente de forma mais despojada, mas mais intensa.
À simplicidade e à sua beleza inerente.
terça-feira, 11 de março de 2008
Hoje estou sem palavras
não é muito comum em mim, mas ás vezes, acontece, fico sem palavras. Só consigo dizer hoje, que não gosto de distâncias, voluntárias ou impostas. Giro-as com muita dificuldade.
segunda-feira, 10 de março de 2008
Em jeito de dia da mulher e em homenagem ao sentido de humor de uma grande amiga
É verdade, passou mais um dia 8 de março, dia da mulher. Dia importante, sem dúvida, - ainda que apanágio de ironia por parte de muitos de senhores deste mundo (e não apenas, sublinhe-se dessa categoria que ainda persiste de "macho latino", no sentido pouco simpático que assiste ao termo, esclareça-se)-, e que merece ser lembrado ontem, hoje, amanhã e enquanto a memória (geralmente curta) do ser humano tender a considerar que vitórias conseguidas, estão garantidas.
Muitas não estão, esta é uma delas, basta olhar com a atenção aos factos que nos vão sendo transmitidos pelas Nações Unidas, ong's, oig's, etc.
Mas não decidi escrever a propósito do dia da mulher para declarar as evidências. Escrevo, antes, e por lembrança bem humorada de uma amiga, para relembrar, ainda que já depois do dia 8 de Março, Jane Austen. Tinha a minha memória (exemplo que sou de ser humano de memória curta;-)) esquecido das tardes bem passadas com as obras desta senhora, desta grande senhora, bem como - também confesso - a ver a magnífica versão da BBC do "Orgulho e Preconceito", suspirando - porque não há alternativa, tenham paciência - pelo Sr. Darcy, homem de curtas palavras, mas longos olhares.
E com a suberba primeira frase do "Orgulho e Preconceito", na qual não posso deixar de ler uma dose saudável de feminismo, uns dias depois do dia da mulher: "It is a truth universally acknowledged that a single man in possession of a good fortune must be in want of a wife...".
Muitas não estão, esta é uma delas, basta olhar com a atenção aos factos que nos vão sendo transmitidos pelas Nações Unidas, ong's, oig's, etc.
Mas não decidi escrever a propósito do dia da mulher para declarar as evidências. Escrevo, antes, e por lembrança bem humorada de uma amiga, para relembrar, ainda que já depois do dia 8 de Março, Jane Austen. Tinha a minha memória (exemplo que sou de ser humano de memória curta;-)) esquecido das tardes bem passadas com as obras desta senhora, desta grande senhora, bem como - também confesso - a ver a magnífica versão da BBC do "Orgulho e Preconceito", suspirando - porque não há alternativa, tenham paciência - pelo Sr. Darcy, homem de curtas palavras, mas longos olhares.
E com a suberba primeira frase do "Orgulho e Preconceito", na qual não posso deixar de ler uma dose saudável de feminismo, uns dias depois do dia da mulher: "It is a truth universally acknowledged that a single man in possession of a good fortune must be in want of a wife...".
terça-feira, 4 de março de 2008
sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008
quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008
Depois da tempestade, a ordem e acalmia... e viramos caracol
Não é estranho depois de arrumármos a cabeça, pôr ordem na vida(que inclui também, arrumar armários, dar coisas que já não usamos, colocar roupa por ordem cromática e sapatos também), colocarmos sentimentos e cabeça nos sítios certos... não é estranho depois de tudo isto, de virarmos caracol, que é como quem diz, fecharmo-nos um pouco na nossa carapaça (a imagem também pode ser uma tartaruga... adiante), e recuperar energia... uf... a arrumação tem sido cansativa. Não está totalmente terminada, mas a estrutura parece recuperada e, de repente, apercebo-me de que regressei a Lisboa há quase um ano. E que ano.... daí a necessidade de arrumação ser tão grande, talvez... mas sobre o ano que passou escrevo outro dia. Hoje, estou caracol.
segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008
domingo, 24 de fevereiro de 2008
Ordem... ou mando evacuar a sala!!!
Esta é daquelas características frases dos filmes norte americanos que se passam numa sala de Tribunal. São sempre momentos de alguma (relativa, conforme os casos)tensão filmatográfica.
Pois, não estando eu numa sala de audiência (nem juiza), vocifero em voz determinada, "Ordem!". Há que pôr ordem na confusão dos últimos meses... e, desta feita, tenho necessariamente evacuar alguns elementos do meu quotidiano.
Confesso, os últimos meses, passo a vida entre aviões, tenho sempre três malas em diferentes fases: uma por desfazer, uma feita e uma a ser preparada. Saltito entre cidades, quase sempre as mesmas: a minha amada Lisboa e a minha quase amiga Bruxelas. Às vezes, já nem sei onde realmente vivo, se na primeira e na segunda. Não me queixo, adoro o que estou a fazer e esse é um privilégio que agradeço profundamente.
Mas no meio de tudo isto, há coisas que se vão desfazendo, dúvidas que aparecem, assuntos que precisam de ser arrumados - mais uma vez, ORDEM!. Costumo usar os aviões e as horas no aeroporto para isso: arrumar o que vai ficando solto entre viagens. Às vezes, consigo, outras, não. Às vezes, tenho é de aproveitar as horas no ar para trabalhar ou para por as horas de sono em dia.
Foi o que aconteceu na minha mais recente viagem, quando estava particularmente precisada de por ordem em várias coisas.
Chego a Lisboa, cansada e com a distinta certeza que, desta vez, a ordem tem de ser posta em terra.
Pelo que, e depois de ter ouvido cuidadosamente amigos, e depois de ter posto os meus "dancing shoes" e libertado todas as energias acumuladas numa simpática noite "a la lisboa", daquelas que só mesmo na cidade banhada pelo Tejo. Acordei serena. E, o itinerário para a repor a ordem está delineado. Ufff... agora é arregaçar as mangas, e, com coragem, citando alguém que me é querido, "seguir em frente" e resolver a desordem e confusão que se instalou.
Pois, não estando eu numa sala de audiência (nem juiza), vocifero em voz determinada, "Ordem!". Há que pôr ordem na confusão dos últimos meses... e, desta feita, tenho necessariamente evacuar alguns elementos do meu quotidiano.
Confesso, os últimos meses, passo a vida entre aviões, tenho sempre três malas em diferentes fases: uma por desfazer, uma feita e uma a ser preparada. Saltito entre cidades, quase sempre as mesmas: a minha amada Lisboa e a minha quase amiga Bruxelas. Às vezes, já nem sei onde realmente vivo, se na primeira e na segunda. Não me queixo, adoro o que estou a fazer e esse é um privilégio que agradeço profundamente.
Mas no meio de tudo isto, há coisas que se vão desfazendo, dúvidas que aparecem, assuntos que precisam de ser arrumados - mais uma vez, ORDEM!. Costumo usar os aviões e as horas no aeroporto para isso: arrumar o que vai ficando solto entre viagens. Às vezes, consigo, outras, não. Às vezes, tenho é de aproveitar as horas no ar para trabalhar ou para por as horas de sono em dia.
Foi o que aconteceu na minha mais recente viagem, quando estava particularmente precisada de por ordem em várias coisas.
Chego a Lisboa, cansada e com a distinta certeza que, desta vez, a ordem tem de ser posta em terra.
Pelo que, e depois de ter ouvido cuidadosamente amigos, e depois de ter posto os meus "dancing shoes" e libertado todas as energias acumuladas numa simpática noite "a la lisboa", daquelas que só mesmo na cidade banhada pelo Tejo. Acordei serena. E, o itinerário para a repor a ordem está delineado. Ufff... agora é arregaçar as mangas, e, com coragem, citando alguém que me é querido, "seguir em frente" e resolver a desordem e confusão que se instalou.
quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008
Distância... construções racionais...e, a contragosto, realidade
Distância, medida em milímetros, centímetros, metros, quilómetros. É, às vezes, uma forma conhecida de gerir chatices e evitar asneiras.
O problema é quando a distância, falsamente colocada, uma construção racional - sim essa, ou essas, que construimos para que o emocional não impere - é desfeita em segundos. Faz pouco mais de uma semana. Maldito telefone. Senti o sangue fugir-me da cara. As pernas fraquejarem. E senti um genuíno pavor, como desde há muito não sentia. Quase não ouvi o que a voz desconhecida me estava a dizer. São aqueles telefonemas que se temem. Mas não foi. Pareceu ser, mas não foi. Confirmei depois. Ficou, no entanto, a sensação amarga de que o tempo não havia passado e que a distância tinha sido inútil. Porque temi o que aquela voz desconhecida me ia dizer.
O problema é quando a distância, falsamente colocada, uma construção racional - sim essa, ou essas, que construimos para que o emocional não impere - é desfeita em segundos. Faz pouco mais de uma semana. Maldito telefone. Senti o sangue fugir-me da cara. As pernas fraquejarem. E senti um genuíno pavor, como desde há muito não sentia. Quase não ouvi o que a voz desconhecida me estava a dizer. São aqueles telefonemas que se temem. Mas não foi. Pareceu ser, mas não foi. Confirmei depois. Ficou, no entanto, a sensação amarga de que o tempo não havia passado e que a distância tinha sido inútil. Porque temi o que aquela voz desconhecida me ia dizer.
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