Se não fosse por mais nada, tenho amigos e familiares que não me permitem senão reconhecer a importância que os objectos - por mais ou menos materialistas que sejamos - têm na nossa vida. Estão em todo o lado, de uma e de outra forma, com maior ou menor beleza, com "Désign"(como diria uma amiga minha a brincar) de melhor ou menor qualidade.
Mas não é sobre Design (nem teria tal ousadia) que me leva a escrever este Post, mas sim o sentimento de conforto (ou melhor, reconforto) que um determinado objecto nos pode dar.
Continuo (ainda, e pelos vistos por mais algum tempo) sem casa própria, ainda que carinhosamente recebida (e muito bem recebida) por amigos. Mas, como já escrevi em outros momentos, o espaço (o meu espaço) é algo que me é (junto ao advérbio, estupidamente) importante e necessário e que, julgo, me está a tornar tão insuportáveis (sim, é mesmo essa a caracterização) as saudades de casa. É a cereja em cima do bolo.
Este fim de semana, decidi que tinha de por o mau humor e a tristeza que andava latente em ordem, que as saudades fazem parte do processo, assim como os momentos de menor facilidade e que não podia, de maneira, nenhuma, deixar-me arrastar por isso. Assim, peguei em mim mesma e fui fazer o que estava sob o meu controlo (já que a casa e mais um par de coisas, não estão): fui comprar molduras para colocar as fotografias que trouxe de Lisboa, umas em formato digital, para imprimir, outras já impressas (até porque são antigas). Esse simples acto trouxe-me conforto. Três simples modulras pretas, onde coloquei carinhosamente imagens que me são familiares, trouxeram-me, assim, algum sentimento de "casa".