Nunca me perguntei porque lia. Sempre foi uma coisa natural para mim, como dançar. nunca me interoguei verdadeiramente porque é que dançava. Fazia parte de mim, desde pequena, e por mais curiosa e "perguntadeira" que fosse-e era bastante - estas duas coisas nunca fizeram parte do meu rol de perguntas. Ler, ou, primeiro, lerem-me e depois, sim, eu ler era ser eu, agora, tenho momentos em que leio pouco pelas circusntâncias da vida, ou melhor, não leio tanto por lazer quanto gostaria... e dançar... bem dançar era ser o meu eu mais eu. E depois de uns anos longe, voltei a encontrar esse meu eu, porque voltei a dançar.
Mas este não é um post sobre a dança. é sobre ler... o inquestionável. Mas hoje, há uns dias, peguei num livro, e sei que foi por uma razão específica, ou razões. Já tinha lido o livro hà muito tempo, e precisei de pegar nele, por saudades e boas lembranças, como se o livro me acalmasse as saudades profundas e me levasse de volta para aqueles bons momentos. E por isso, desta vez interroguei-me porque lia. Pela primeira vez. Pela primeira vez, conscientemnte, peguei em prosa na esperança de que aquela história e aquela palavras me trouxessem uma ponta de alegria, como tantos outros que li outrora, mas este em particular, que me faz regressar a um dia, a um momento, a uma hora, a um local.