terça-feira, 13 de maio de 2008

As palavras

O poder das palavras é enorme, é um dado adquirido. Vivemos com elas quotidinamente, e acho que perdemos a noção da sua real importância, a menos que profissionalmetne tenhamos de ter de um especial cuidado com as mesmas. Mas em regra, estou certa, mas podem contradizer-me, escritores, poetas, ensaistas, investigadores, quando estão no plano não profissional, tem uma relação menos consciente com as palavras.

Não tendo eu qualquer uma das profissões acima descritas, mas tendo de trabalhar com palavras constantemente e ter em atenção o seu significado e a sua inserção num determinado contexto, bem como na diferença que uma vírgula, um ponto, uma regra gramatical pode fazer, e apreciando um bom orador, e admirando os que têm o dom da palavra, tenho outro tipo de relação com a mesma quando desligo o interruptor profissional.

Até que de repente, nos relembram que as palavras podem fazer-nos sentir genuinamente bem e felizes ou ferir e trazer infelicidade num ápice.Essa é a genuína força da palavra, essa a que se traduz nos livros, nas letras, na poesia, nas crónicas, etc.

E há também as palavras que são trocadas, múltiplas vezes e só criam más interpretações- sim, porque as palavras são interpretadas, por mais claros que tentemos ser - e dão azo a erros de comunicação. E não há nova tecnologia que resolva. Às veszes, é mesmo assim: tenta-se e tenta-se, trocam-se e-mails, mensagens e telefonemas e a única coisa que se consegue é ferir-nos (ou ferirem-nos) e eventualmente aos outros. Há altura que de facto, os actos são preferíveis. Infelizmente, também esses se afastam, muitas vezes, das nossas esperanças.

E resta o silêncio e a distância. Até que o zumbido das palavras, escritas ou ditas e dos actos ou da ausência dos mesmos, cessem. e se possa recuperar a fugaz paz que vamos encontrando aqui e ali.

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