Perder alguém que nos é querido e que admiramos quando estamos longe é uma dor e um vazio inexplicável. É a terceira vez que me acontece, a segunda em que não posso apanhar um avião e regressar a casa.
Desta vez, contudo, foi o choque, o facto da pessoa em causa ser tão nova que tornou o golpe ainda mais duro e injusto.
Mas quero aqui fazer a homenagem que não posso fazer pessoalmente. Conheci a P ainda não tinha acabado a faculdade, mas já a admirava, pelo que tinha lido. Conhecia-a numa conferência em que foi falar sobre um tema que me é muito caro e conquistou-me pelas palavras, pela inteligência, mas sobretudo pela abertura e simpatia com que me respondeu às tímidas perguntas que depois da conferência lhe fui colocar. Voltei a encontrar-me poucos meses depois, e, mais uma vez, passado um outro tanto. Inicialmente fortuitos, os encontros foram sempre testemunho da sua enorme generosidade, assim como o apoio que sempre me deu, mesmo quando os que mais obrigações na matéria tinham, nos meus projectos profissionais e no meu caminho académico. Os encontros foram depois cafés e chás tomados numa e noutra ocasião, sempre com um sorriso e uma palavra de encorajamento. Sempre disponível.
Falámos pouco tempo antes de eu sair de Lisboa e não imaginei que fosse a última vez que falaria com a P. Perdeu-se uma excelente académica, professora e sobretudo uma pessoa extraordinária que sempre me ensinou que a vida merece ser vista pelo lado positivo.
Até sempre P., eterna será a saudade e o que consigo aprendi
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