Passou quase um ano desde que regressei. "Retornada", como aqui me chamam. "Expat" diriam os meus colegas "onusianos" de outros tempos.
Neste "quase" ano, o projecto do blogue ficou um pouco de lado. Já escrevi, em parte, sobre algumas das razões. Mas não escrevi sobre todas. As mais profundas, essas, ficam para outra altura. Talvez para quando esta experiência passar a outra.
Momento de balanço? Temos essa (humana?) tendência, a de fazer balanços anuais, no final do ano dito civil, do ano dito fiscal, do ano dito académico... por isso, também neste momento me parece que um pouco de reflexão é merecida. E vai sair cliché. Lamento, mas não há outra hipótese, porque como em qualquer outro "ano" (seja qual for a natureza), foi sobretudo um ano de aprendizagem. O que não é cliché foi a intensidade com que senti que era um ano de aprendizagem. Porque a senti diariamente. Porque tive consciência constante de que isso estava a acontecer. E não falo de aprendizagem formal, nem de aprendizagem profissional. Falo da aprendizagem sobre o ser humano e a sua relação com o outro, sobre as nossas forças e os nossos limites, sobre aquilo que achávamos que erámos e afinal talvez não sejamos, sobre os objectivos que tínhamos como determinantes e que afinal não são assim tão importantes. Falo portanto de crescimento, daquele que nos é fundamental, mesmo nem sempre fácil.
Ainda não foram retiradas as conclusões do balanço. Precisava agora de um pouco mais do que 10 dias de interrupção. Foi de facto um ano em muitos aspectos supreendente e sinto que precisava que o mundo parasse um bocadinho e me desse tempo para apanhar o ar. Mas o mundo não pára, por isso, sou eu que tenho de recuperar o passo.
Um comentário:
Aprender é bom; também é duro!
Bom descanso.
Beijinhos!
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