quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Dos sentidos

São cinco, mas hoje vou escrever sobre um: o olfacto. Porquê o olfacto? porque hoje durante o dia fui transportada pelo mesmo para vários locais e tempos, reencontrei-me com pessoas. É curioso, a FNAC lembra-me um amigo, o banco lembra-me o meu pai, porque me relembra o atlier dele, quando ainda não havia comoutadores e autocad, havia papel vegetale uns marcadores em metal. As bibliotecas fazem-me sentir saudades do meu avô, pelas horas que passava a ler uns livros do Círculo de Leitores, comigo sentada ao lado, fascinada com as capas (normalmente policiais... isso já explica talvez o meu fascínio por criminologia), livros que depois arrumava, com organização quase espartana, no sótão, onde eu adorava ir com ele. Os nossos cinco sentidos permitem o nosso relacionamento com o que nos rodeia, mas também com o que já não nos rodeia, já é parte da nossa memória; ou não nos rodeia naquele dado momento. Bem os haja!

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