segunda-feira, 21 de maio de 2007
Lisboa revisitada
Hoje, as leituras na blogosfera e fora dela (porque me mantenho fiel ao gosto do "suporte de papel", do passar de página que deixa - no caso dos jornais - marca nos dedos, de tinta ainda fresca sem o ser...) trouxeram-me de volta a Lisboa... cosmopolita ou nem tanto? Quando mais vivo fora e regresso, quanto mais viajo, mais acho que ganha o primeiro, mesmo com todos os constrastes, idiossincrasias, crises políticas e buraco orçamental. A capital está, é certo, lomge de ser uma cidade perfeita. Mas, essas, são mitos, por sinal, urbanos. As cidades são como as pessoas, com defeitos e qualidades e vivem com bons ou maus momentos. O quotidiano vivido em outras cidades demonstra isso. Há cosmopolismos que escondem um profundo convencionalismo e tacanhez de espírito, há belos edíficios e bairros que mascaram problemas sociais, e ao domingo são raras as cidades que não descansam, tirando aquela que nunca dorme, sendo certo que mesmo essa abranda o ritmo! Eu, por mim, cada vez que regresso ao Lisboa, vou redescobrindo a sua beleza, os seus cantos e recantos, o facto de ser uma cidade com História e histórias, de carácter vincado mas que dá as boas vindas ao outro como nenhuma outra cidade que conheço e apesar de estarmos afastados, na maioria das vezes, dos movimentos de vanguarda. É uma cidade, para o tamanho e, sim, retomo a questão, orçamento (ou a falta dele), com uma vida cultural intensa, e já não falo da noite de Lisboa, porque essa é de facto única, em variedade e quantidade (que muitas das vezes se encontra com variedade). Não vou negar que Lisboa tem problemas, que há espaços de arquitectura infeliz, de ruína absoluta, de pobreza, de excesso de carros, com o trânsito que gosta de testar os limites da paciência humana. Mas uma cidade por mais ou menos cosmopolita que seja, não está imune a estes problemas, Nova Iorque e Londres, ícones de modernidade. cosmopolismo são um bom exemplo disso... basta sair do roteiro turístico.
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