quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Limbo

Estado de indefinição ou incerteza.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Começou o Grande Prémio

O "evento" da terra, o Grande Prémio, começou. Acordei com o barulho dos motores (apesar de não "estar" no circuito, trabalhei com o mesmo som, apesar dos phones que a meio do dia sentir a absoluta necessidade de colocar nos ouvidos.... 

domingo, 7 de novembro de 2010

Continuando nas imagens... mas agora uma curiosidade

Confesso... não resisti: " his and hers"

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Ruinas



as ruinas de S.Paulo são uma das imagens de marca de Macau... aqui ficam algumas imagens

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Do tempo e da comida

Duas coisas que, sem querermos, ou melhor, sem termos consciência, são fundamentais no quotidiano são o tempo e a comida.
Nas minhas primeiras experiências a viver fora são lhes dei grande importância. Depois aprendi que não devemos desprezar a influência que têm na nossa vida.
Assim, comecemos pela comida. Macau tem a vantagem de ser fácil encontrar todo o tipo de comida, de todo o mundo; em termos de restaurantes I mean, porque em termos de supermercado, é outra história (sem que, pese embora algumas dificuldades em encontrar alguns produtos,  me possa queixar). Mas, adiante. Não adoptei ainda o hábito de ir almoçar a casa, pelo que a hora de almoço tem sido para explorar as "casas de comida" nas redondezas. E, confesso, cansada dos locais do costume dos conterrâneos lusos, encontrei o paraíso na Casa dos Macaenses, onde posso comer comida macaense (ora bem!). As pessoas são simpáticas, a comida é óptima e não é caro... acho que encontrei a minha cantina:-)))
Hoje, vou experimentar uma lojinha de dim sum aqui ao lado... hnam hnam...

quanto ao tempo, começou o Outono. E se tradicionalmente, é estação da qual não morro de amores, aqui, e em dias como o de hoje, em que o céu está limpo e o sol brilha, agradeço a descida de temperatura e, sobretudo, da percentagem da humidade. Só tenho pena que, comme il faut, o sol se ponha mais cedo...

domingo, 17 de outubro de 2010

O poder de uma moldura

Se não fosse por mais nada, tenho amigos e familiares que não me permitem senão reconhecer a importância que os objectos - por mais ou menos materialistas que sejamos - têm na nossa vida. Estão em todo o lado, de uma e de outra forma, com maior ou menor beleza, com "Désign"(como diria uma amiga minha a brincar) de melhor ou menor qualidade.
Mas não é sobre Design (nem teria tal ousadia) que me leva a escrever este Post, mas sim o sentimento de conforto (ou melhor, reconforto) que um determinado objecto nos pode dar.
Continuo (ainda, e pelos vistos por mais algum tempo) sem casa própria, ainda que carinhosamente recebida (e muito bem recebida) por amigos. Mas, como já escrevi em outros momentos, o espaço (o meu espaço) é algo que me é (junto ao advérbio, estupidamente) importante e necessário e que, julgo, me está a tornar tão insuportáveis (sim, é mesmo essa a caracterização) as saudades de casa. É a cereja em cima do bolo.
Este fim de semana, decidi que tinha de por o mau humor e a tristeza que andava latente em ordem, que as saudades fazem parte do processo, assim como os momentos de menor facilidade e que não podia, de maneira, nenhuma, deixar-me arrastar por isso. Assim, peguei em mim mesma e fui fazer o que estava sob o meu controlo (já que a casa e mais um par de coisas, não estão): fui comprar molduras para colocar as fotografias que trouxe de Lisboa, umas em formato digital, para imprimir, outras já impressas (até porque são antigas). Esse simples acto trouxe-me conforto. Três simples modulras pretas, onde coloquei carinhosamente imagens que me são familiares, trouxeram-me, assim, algum sentimento de "casa".

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Saudade

A distância tem destas coisas, quando a saudade bate, bate com força. Começa por bater de vez em quando e rapidamente passa a bater de forma contínua. Sempre expliquei que a saudade era palavra que não tinha tradução noutra língua, mas que associava sempre a um sentimetno de nostalgia. Quando comecei a sair de casa, percebi que há uma parte da saudade que não é nostálgica, é feliz, porque signfica que temos laços, bons laços, seja à nossa terra de origem, seja às terras por onde vamos passando, visitando e nas quais vamos morando, seja com as pessoas nas/as mesmas.
Mas como qualquer gestão de sentimentos, a gestão da saudade requer arte e engenho. e nem sempre a necessidade os aguça.
Hoje, como desde há uns dias, tenho saudades, e nem o silêncio ajuda, nem o contacto quase permanente acalma...

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

sacos e malas... eu não sou nómada

Hoje chegaram as minhas coisas... não eram muitas, resumiam-se a 6 sacos e uma mala de roupa, acessórios, meia dúzia de peças pessoais e livros, livros e livros. Ao fim de um mês por estas terras, não me arrependo nada do que veio, embora talvez a roupa de inverno vá ser menos usada do que julgava... tenho até pena de algumas coisas que ficaram para trás, em Lisboa. E que foram já, prontamente, solicitadas ao patronato: livros e meia dúzia de indumentária que ficou no armário...
mas agora, sim, ainda sem casa, sinto-me acampada, com roupa empilhada, livros encostados uns aos outros num instável equilíbrio, sapatos sem espaço e malas.. bem, simplesmente sem espaço. Agradeço a minha contenção do último mês, que fez com que não tenha sucumbido ao consumismo da terra... com o objectivo a médio prazo da casa, que fica para umas cenas dos próximos capítulos.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Na homenagem possível

Perder alguém que nos é querido e que admiramos quando estamos longe é uma dor e um vazio inexplicável. É a terceira vez que me acontece, a segunda em que não posso apanhar um avião e regressar a casa.
Desta vez, contudo, foi o choque, o facto da pessoa em causa ser tão nova que tornou o golpe ainda mais duro e injusto.
Mas quero aqui fazer a homenagem que não posso fazer pessoalmente. Conheci a P ainda não tinha acabado a faculdade, mas já a admirava, pelo que tinha lido. Conhecia-a numa conferência em que foi falar sobre um tema que me é muito caro e conquistou-me pelas palavras, pela inteligência, mas sobretudo pela abertura e simpatia com que me respondeu às tímidas perguntas que depois da conferência lhe fui colocar. Voltei a encontrar-me poucos meses depois, e, mais uma vez, passado um outro tanto. Inicialmente fortuitos, os encontros foram sempre testemunho da sua enorme generosidade, assim como o apoio que sempre me deu, mesmo quando os que mais obrigações na matéria tinham, nos meus projectos profissionais e no meu caminho académico. Os encontros foram depois cafés e chás tomados numa e noutra ocasião, sempre com um sorriso e uma palavra de encorajamento. Sempre disponível.
Falámos pouco tempo antes de eu sair de Lisboa e não imaginei que fosse a última vez que falaria com a P. Perdeu-se uma excelente académica, professora e sobretudo uma pessoa extraordinária que sempre me ensinou que a vida merece ser vista pelo lado positivo.
Até sempre P., eterna será a saudade e o que consigo aprendi

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Setembro = Início do ano (e todas as direcções são possíveis)

Apesar de tudo, sempre associei o mês de Setembro ao início do ano. Já há alguns anos que deixei de me reger, "formalmente", pelo ano escolar, mas, por várias razões, esta ligação ao mês de Setembro perdurou. Ou porque continuei a estudar, mesmo depois de começar a trabalhar, o que fez com que mantivesse um calendário escolar paralelo que começava em Setembro; ou porque fiz mudanças de país precisamente nessa altura. Assim, fiquei treinada (Pavlov e o seu cão bem explicaram) para, em Setembro, ter a sensação de ano novo, mais do que em Janeiro.
E assim, aproxima-se o fim de um mês de Setembro e foi já iniciado um "novo ano" e há tantos caminhos a percorrer... en toutes les directions...

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

A minha nova fruta favorita

Uma das grandes vantagens de viver numa terra tropical é a fruta, de sua natureza, bem está de ver, tropical! Papaia, manga, ananás, melão, melância, e toda uma variedade de frutas, cores, texturas, sabores e cheiros que tornam as minhas refeições, sobretudo a meio do dia muito divertidas... descobri, entretanto, uma fruta que não me lembrava e cujo o nome ainda não descobri, mas que se tornou uma das minhas favoritas. Por isso, decidi dedicar-lhe este post, colocando uma fotografia da mesma. Acho-a lindíssima, ainda que um pouco estranha. E quando a experimentei, amei o sabor, ainda que reconheça que não tem um sabor muito intenso, mas quando se come fresquinha o efeito é muito semelhante ao da melência, porque é muito sumarenta! Enfim, fiquei fã! Agora, só preciso de descobrir o nome;-)

domingo, 12 de setembro de 2010

Fiquei confusa: vinho ou mobílias???

Singing in the rain...

Das minhas memórias mais vivas dos últimos dias por Macau, em 1992, foi o meu último dia de aulas no Liceu. Choveu torrencialmente e por alguma razão decidimos fazer uma luta de "balões" (leiam-se sacos) de água. Nos últimos períodos, lembro-me de estar feliz e encharcada dos pés à cabeça. Em Macau, pelo Verão, quando chove, a chuva é quente. E o calor é, normalmente, tanto, que muito do que é água evapora antes de nos molhar a roupa e o corpo.
Nestes últimos dias, tenho-me recordado muito daquele último dia de aulas, porque não pára de chover há vários dias e, novamente, voltei a andar à chuva sem sentir frio, algo que já não acontecia há alguns anos... desta vez, só não houve luta de balões de água:-)

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Hong Kong e os "tapetes mágicos", amigo sic.

Contratualmente, tinha direito a mais 20 kg de bagagem, a adicionar aos normais (e poucos!!!) 20kg de mala de porão para a minha viagem transcontinental (ainda me lembro quando tínhamos direito a 30 kg e ninguém nos questionava sobre a lima de papel ou a garrafa de líquidos que, apesar de obviamente não conter mais do que 100ml, não tem a sua medida expressamente escrita - questão para outro post, embora já tenha tocado no assunto, a propósito de outras deslocações). Bem sei que vinha para a "terra onde tudo existe e, se não existe, existe em Hong Kong ou na net", mas os 20 kg (mesmo os 40kg) pareciam-me pouco (e, confesso desde já, foram pouco... tratei de ultrapassar a problemática de várias maneiras... outro post - tantos posts por escrever!). Seja como for, e de acordo com o que me foi indicado, contratei serviço de cargo, que implicou ir uns dias antes à Portela entregar a mala (que, já agora conto, me tinha sido dada pela Air France, depois de me destruírem - o termo é mesmo esse - a minha mala favorita de viagem, porque tinha (finalmente) o tamanho ideal, numa viagem entre Lisboa e Estrasburgo), que faria o percurso Lisboa-Istambul, Istambul-Hong Kong, onde teria de a ir buscar, sendo que podia chegar no mesmo dia que eu.
Adivinhando uma aventura parecida com uma outra que, em 2004, tive no aeroporto de Schiphol, em Amsterdão - que, sem exagero, implicou um dia dentro do espaço do aeroporto, que equivale a uma pequena aldeia-, pedi que a mala chegasse uns dias depois, para eu calmamente ir buscar a dita cuja, estranhando que não houvesse serviço que permitisse a entrega em Macau (que não só é servido por jetfoil, mas, mais importante, por um aeroporto. Mas, não, aquela empresa, com a qual tinha de contratar, por razões que não vêem ao caso, não fazia desejada em entrega "ao domícilio".

Bom, domingo, depois de uma tentativa no sábado, abortada pelo facto de conseguir confirmar que a mala só chegava ao fim do dia (e, mais uma vez, a aventura anterior me avisava que o melhor era ir com tempo e enquanto havia luz do dia - apesar do serviço 24h), ponho-me ensonada a caminho. Jetfoil, 1h para HK, tempo para ler o jornal semanário comprado na véspera (eles há hábitos que se mantém onde quer que se esteja e um deles é o café e o jornal semanário ao sábado e domingo, para uma leitura demoradamente saboreada), dormir mais um bocadinho e... e ver a skyline irreconhecível da ex-colónia britânica. Mudou, de facto, significativamente, a começar por uma enorme ponte que há 10 anos, quando tinha pela última vez feito a travessia, não existia. Abro aqui um parêntesis, entre muitos (tique de escrita que não consigo abandonar), para explicar que sempre tive uma secreta paixão por Hong Kong, desde sempre adorei a chegada de Barco ao território e aquela linha demarcada no horizonte de prédios, a recortar o (pouco) verde que existia nas proximidades da estação de barco. Havia algo de mágico naquela chegada, talvez porque muito da minha paixão pela dança foi ali vivida, nas idas aos teatros ver as melhores companhias do mundo, ou porque tínhamos amigos que viviam em frente à praia onde o mar era ainda azul, ou porque significava que uma viagem estava prestes a começar. Fosse qual fosse a razão,  sempre me detive na chegada do barco ao porto...
Ora, pois que agora tive dificuldade em reconhecer o recorte, os prédios que, antes, me pareciam óbvios (fotografia ao lado é datada da última visita em 2000), agora já não o são (procurei e procurei e nada... não reconhecia nada, sabendo que estava tudo no mesmo sítio, apenas total ou parcialmente tapado por novas construções), por outro lado, a referida ponte liga uma extensão significativa de água e, percebi eu depois, continua em terra por vários e vários km. Não é esta uma apreciação negativa ou positiva. Simplesmente, senti-me, ao contrário do que aconteceu com Macau, perdida antes de colocar o pé em terra... e como em post seguinte contarei, a minha aventura em busca da minha mala vinda num tapete mágico de Istambul ainda ia durar, mas numa situação divertida, mas também enternecedora, porque demonstra bem que quando as pessoas querem ajudar e ser prestáveis tudo se consegue, tudo se alcança, mesmo quando se partilha pouco mais do que meia dúzia de palavras de diferentes línguas... (corta, para cenas dos próximos capítulos)

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Efeitos do Jet Lag e a difusão de Portugal pelo mundo

Os efeitos do jet lag são, ou podem ser, múltiplos: não dormir, não conseguir comer nas devidas horas, cabeça baralhada e, no meu particular caso, incapacidade de fazer uma simples conta de divisão por dez (sim, arredondando a coisa, um euro são cerca de dez patacas. Case in point: na manhã seguinte à minha chegada decidi tratar da prioridade n.º 2 - já que a n.º 1 tinha embatido com um imbróglio burocrático (facilmente resolvido no dia seguinte): arranjar um telemóvel que funcionasse por aqui (isto porque não há qualquer necessidade de se proceder a constantes "doações" à Vodafone em roaming). Ora, tratada a questão de um cartão pré-pago para os primeiros dias, de modo a ser-me possível fazer um estudo das operadoras no mercado e seus preços, e decidida a ter "tento e medida" na tecnologia móvel a adquirir, sob pena de tomar decisões precipitadas (todas a favor da "i-Apple"), e, suponho, já bem ciente do efeito do jet lag em mim (além de não comer a horas, a minha cabeça claramente não funciona a 100%...), andei em busca do telemóvel mais barato possível, mas que desse resposta às minhas necessidades, vulgo: sms e chamadas. É, neste momento, que entro numa loja na rua das Mariazinhas (cujo o nome não é este, mas é assim que a conheço desde sempre, sem indagar quantas Marias são necessárias para dar nome a rua... mas isso são outros pensamentos, ligados a toda uma problemática que me assalta o espírito: como é que se dá o nome às ruas, qual o processo e que critérios se aplicam... mas isso dava todo um outro post). Regresso ao busílis da questão, pergunto quanto custa, respondem-me em MOP (=patacas)... "desculpe, mas pode dizer-me o preço em euros" (EFEITO JET LAG: o dito telemóvel custava 399 MOP, que é como quem diz, 39.9 Euros, simples divisão, eu tinha avisado). "Sim, claro", sacada a máquina de calcular para um preço mais preciso, lá me é dito com exactidão o custo de toda aquela tecnologia.  O que se seguiu depois é que não esperava: "é italiana?", respondo, um pouco incrédula (até porque normalmente, a nacionalidade que me dão - vá-se lá entender porquê, é a francesa - eu tenho em crer que é porque ando muito de sabrinas), "não. Sou portuguesa". Ao que me é indagado com determinação simpática e confusa ao mesmo tempo, "então para que precisa de fazer a conversão em euros?". Não tive resposta e só mais tarde percebi que, aqui, portugueses são de cá e não se discute mais o assunto ... e por isso mesmo não há cá euros para ninguém... pergunto-me a mim própria se isto é um mau exemplo da difusão de Portugal no estrangeiro  (sendo certo que é uma terra estrangeira especial,) ou um bom exemplo de integração... fica a dúvida...

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

bikini na rua, gola alta, gorro e luvas em casa

Podia começar a minha descrição do regresso ao Oriente e uma específica terra, 10 anos depois de umas férias, 23 anos depois da primeira vinda (na altura por 5 anos), por várias coisas. Mas começo por uma daquelas que nunca me tinha esquecido, mas cujo o impacto é tal que não há memória que nos recorde verdadeiramente da realidade: a diferença de temperatura que, no verão, se sente dentro e fora das casas/restaurantes/lojas/trabalho.
Estamos a falar de uma terra onde, em Agosto/Setembro fazem mais de 30º e a humidade ronda os 80-90%. Coisa leve, como se vê, fácil de respirar e de andar na rua, isto se se ignorar o impulso constante de se tomar duche. Isto é na rua. O contrário acontece "indoors", aí a temperatura ronda facilmente os 18.º (ou menos, dependendo de quem regula o AC), que é como quem diz, casaquinho sempre a mão - senhores que têm de usar fato (para não falar quando têm de usar farda), este é um post que traduz uma preocupação tradicionalmente feminina, já que S.Exas têm em regra de usar camisa de manga longa, casaco e gravata. Reconheço que nesses casos, o AC a menos de 18º é bem vindo, não tanto quando se é senhora é se está habituada à t-shirt ou camisa de manga curta, ou, qui ça, de alças, e a saias (sem collants, cumpre notar, sim, porque aqui, no pico do verão vêem-se senhoras de collants - eu pecebo bem porquê!). Naturalmente, e aqui uma nota muito politicamente correcta, senhoras que têm de usar fato (ou a farda) também ficam contentes com estas temperaturas dentro dos edifícios. Eu, contudo, congelo e depois entro em choque térmico, por isso, casaquinho ao ombro ou na mala, quem vou eu, tra lá lá...o collant é que não, por isso, cheira-me que o verão será, quando indoors, passado sem saias...

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

véspera

Estou com a sensação de que me estou a esquecer de alguma coisa, daquelas importantes, mas já verifiquei, passaporte, bilhete, declaração para entrar no território... uhm... acho que é aquilo a que chama "cold feet". Ontem, deu-me para ligeiramente choramingar, mas rapidamente passou. Hoje, estou demasiado cansada das últimas corridas: banco, farmácia, oculista, últimos jantares, almoços e cafés - sim, o dia hoje foi também preenchido, dentro do razoável. Olho para a mala, a mochila e a carteira e penso: como é que eu vou fazer passar este peso todo pela alfândega e, mais importante, como é que eu a vou carregar. Esta é a parte logística, aquela que me entretém quando começo a ficar tristonha e saudosa - com demasiada antecipação - dos amigos, da família, do mar e da luz de Lisboa. Penso também na aventura que me espera, no mundo por descobrir e nos amigos e na família, fabulosos e fabulosa, que tenho e que me têm acompanhado em todos os momentos, mesmo quando implicavam a distância. Penso também nos amigos que vou reencontrar e na oportunidade que estou a agarrar. E por isso a minha saudade conjuga-se com expectativa e animação. É aquela sensação agri-doce. Mas a vida é mesmo assim, não é? Mas não posso deixar de começar esta aventura sem agradecer aos meus amigos, os de sempre e os mais recentes, os da escola e os do trabalho, pelo apoio, a generosidade e o afecto que me têm demonstrado, o que faz com que parta aconchegada com o seu amor e respeito.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Esclarecimento

Depois de algumas ameaças de só jantar e almoçar saladas por causa do post anterior, que fique registado que o efeito balança é mais do que bem vindo... eu é que já me tinha esquecido que o efeito de se ser imigrante é normalmente esse... sem contar que adoro o facto de andar com energia suficiente que me permite estar a corresponder aos convites, coisa que normalmente não é possível por causa das """" (ver post anterior;-)).
Pronto, tudo explicado... espero...

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Não há fome que não dê fartura

Quem me conhece sabe que eu sou um bocadinho bichinho do mato e isso de sair e jantaradas, mesmo que gostando imenso, tem de ter "peso, tento e medida", sobretudo quando combinados com almoços e cafezinhos. Ora, eu já me tinha esquecido do que é ser emigrante, mas rapidamente me lembraram, quanto mais não seja pela agenda repleta de marcações e os 3kg a mais que a balança já acusa (note-se este post é justificado precisamente por uma passagem nesse instrumento que me tem auxiliado com feitura das malas).

terça-feira, 24 de agosto de 2010

malas aviadas

Perplexa olha para os 6 sacos e duas malas. Dois anos, pensa, como se justificasse o acumular de coisas e a incapacidade de escolher que fundamentava aquele cenário. Ah! E não esquecer a mochila para levar no avião. Dois anos, repete. Mas não convencida. A viagem é, ainda, irreal. E as malas e os sacos organizados chocavam, pelo exagero, mas não tornavam as coisas mais reais. Simplesmente, pensava, chega de tanto materialismo, chega de "coisas", aproveita esta oportunidade, faz uma limpeza aos armários e basta de consumo. Mas continuava pouco convencida. Nada convencida. Talvez seja o cansaço de fazer as malas, arrumar papeis e, sobretudo, do acto de se despedir das pessoas que faziam com que tudo fosse irreal e pouco convincente. Como se amanhã retomasse o trabalho de sempre, com as pessoas que já conhece e as rotinas, porque são rotinas, que dão corpo ao seu quotidiano. 
Dois anos, 6 sacos, duas malas, um mochila... e o portátil, já se esquecia. Chega de consumo, repete. É já para a semana e, à excepção do excesso das coisas que vão para o outro lado do mundo, ainda não é real. 

sábado, 17 de julho de 2010

Com as contagens decrescentes e as listas de "to do"...

vem o medo e as inseguranças que me caracterizam. O receio de não ser aceite ou de falhar, misturado com a nostalgia antecipada de deixar Lisboa e os amigos que ficam longe... E, doente, este processo torna-se mais penoso. Hoje entrei num grupo de apoio na Internet. Estava claramente a precisar com pessoas que passam pelo mesmo que eu e que podem ajudar-me com estratégias de combate.
Sou novata nestas buscas da internet, dos melhores tratamentos, das melhores estratégias... depois perco-me perante a enormidade da informação sobre "a doença" ou o "síndrome" - ainda os escrevo assim, com aspas, porque ainda os vejo como elementos estranhos a mim, quando, na realidade não são. Enfim, é a minha amiga de todos os dias, uns dias mais bem disposta, outras mais maldiposta. e estes dias tem andando muito maldiposta e tem sido um diálogo frustrante comigo mesma. o que é que é suposto eu fazer com estes níveis de frustração, em que as coisas mais simples representam momentos de dores inexplicáveis? rrrr... estes dias nem uma hora normal consigo.... e fico anti-social e triste. Mas amanhã vou acordar mais bem disposta, porque eu sou mais forte do que as """" todas que tenho ao meu redor. Vai só levar mais tempo de vez em quando... e com a mudança tudo isto parece estar em valores de insuportabilidade! Preciso de uma janela para a tranquilidade!

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Voltando às "to do" lists" e prioridades

Hoje risquei três coisas (das chatas, chatinhas) da list da to do list para a primeira data da contagem decrescente (ele há cerca de três a correr ao mesmo tempo). Sim, isto nada como ser jurista, para se criar prazos para tudo. A primeira, termina no dia 30 de Julho. É aqui, por enquanto mais cria complicações, porque a lista de coisas a fazer em vez de diminuir aumenta.. e eu tenho neste momento, outras prioridades, que não as que me eram características.
Como escrevia há umas horas - sim, foi mesmo só há umas horas - apetece-me estar com pessoas, mesmo que sejam (neste caso, sobretudo) com as pessoas com quem partilho a minha sala de trabalho, ou os corredores. Mas apetece-me isto, sem o computador e os códigos ao meu redor. E sem os prazos alheios aos meus.
Mas por enquanto é mesmo assim, entre a falta de produtividade que me foge à disciplina e aquela que é da minha iniciativa consciente, o que não quero é gastar muito tempo com aquilo para o que não tenho neste momento espaço mental e, sobretudo, emocional.
Mas a lista lá está escrita na agenda, anotada no outlook, reiterada no gmail pessoal - não vá dar-se o caso de me esquecer de qualquer coisa, o melhor é ser em vários modos e meios distintos. Se um falhar, há o outro... o problema é que risco de um lado e ponho do outro, sem nunca chegar ao saldo zero. A crise está igualmente instalada, portanto, no meu quotidiano. Como diz uma pessoa que muito admiro, muita calma nesta hora, e, acrescento, citando uma outra que adoro, sorrindo sempre!

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Contagens decrescentes...

Em regra, não as faço, a menos que obrigada. Mesmo para as coisas boas. A importância que acaba por se traduzir a data em questão cria-me angústia, mesmo quando as coisas pelas quais estou à espera são boas, sobretudo quando as coisas implicam coisas boas e umas menos simpáticas. Que, sejamos realistas, são a maioria das coisas na vida: ambivalentes, com os dois lados da moeda, em que tratamos de estabelecer um equilíbrio entre vantagens/desvantagens (sem necessidade de se fazer uma lista de prós e contras, apesar de serem úteis em momentos de indecisão).

Mas voltando à contagem decrescente, estou no meio de uma, e mesmo não querendo, a passagem de cada dia transforma-se em "tic tac", falta isto e aquilo. Mas mais difícil, implica as primeiras despedidas, os primeiros "até breve", que são isso mesmo. Até breve, mas não me apetece essa parte desta minha aventura. Gostava que tivéssemos aquela capacidade do "Star-TRek" (acho eu que era) de nos tele-transportamos em longas distâncias, assim, eu podia ir na minha aventura e não ficar tão longe das pessoas que fazem parte da minha vida.

Mas não é assim, e por isso vou começando a aprender a aceitar o "tic-tac", com resistência e desconcentrando-me do que é essencial de vez em quando, deixando que as conversas se prolonguem mais tempo, mesmo com a lista de coisas para fazer aumenta, porque apetece-me é falar com as pessoas do que escrever coisas... excepto agora que, com o calor que faz nesta cidade linda que é Lisboa, é impossível dormir... talvez vá riscar uma coisa das "to do list" e amanhã posso conversar um pouco mais...

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Inabilidade para estas coisas

Ok.. ando com dificuldades de deisgn neste meu novo projecto... queria por as minhas coisas do flirck e não consigo por o link correctamente do lado esquerdo, o que está no fim da página queria que aparecesse do lado direito, acompanhando os posts... help! Peço aos meus amigos talentosos, e, por sinal, designers;-)))

terça-feira, 22 de junho de 2010

Nova imagem, novos projectos, novidades

Mudou de nome e por boa razão, porque o compasso deixou de estar em espera e vai de viagem... para o Oriente. Como não sou uma perita nestas coisas do websdesign ainda não estou completamente feliz com a nova imagem, mas é um projecto no começo... pode ser que até eu chegar ao outro lado do mundo (ou quase), a imagem esteja um pouco diferente.
Por ora, estamos na fase da organização do que tem de ser feito para ir e na pré excitação, por falta de tempo, a excitação completa ainda não se instalou.

Continua a ser um projecto para amigos e por isso a ser assinado por Mar... esse que certamente me vai fazer fazer falta apesar do rio das pérolas que banha Macau;-)

sexta-feira, 19 de março de 2010

NY #1

Chegou, Chegou ontem, Embrulhadinho, cuidadosamente enrolado em cartão acastanhado. Reconheci imediatamente a proveniência e desta ao conteúdo não chegou a uma milésima de segundo. Tinha chegado. Seguro, perfeito, com o cheiro de livro novo, que invade as narinas e remete para o imaginário do incíio de coisas boas. Neste caso, as férias e as viagem,
Desempacotei-o ferverosamente, mas com cuidado. E parei por um segungo. Ali estava, o meu companheiro de viagem, de seu nome lonely planet, para a cidade menos só do mundo. Amanhã como a exploração preliminar.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Novo ano

Este ano recusei-me às 12 passas, aos desejos em cada uma das 12 badaladas. Brindei sem demasiado entusiasmo e cumprimentei desconfiadamente 2010. Afinal, acabava de me despedir de um 2009 que em tudo foi difícil. Para ser franca, não dei muito pela pasagem do ano, desde há muito que é uma noite a que não dou grande importância. Por mais nada, a não ser que no dia 31 de Dezembro o meu avô fazia anos e era o Natal de parte da minha família. Quando ele morreu e, depois, a minha avó, esse Natal desapareceu e há sempre uma saudade e tristeza que me invadem nesse dia. Gosto muito mais do dia 1 de Janeiro, talvez porque goste sempre mais dos começos, dos que os fins, e os 1's são o começo, não são?

Bem, mas tudo isto pelo novo ano. Brindei a 2010, na companhia de bons amigos, e lá cumprimentei o estranho 2010... que seja melhor que 2009!