quinta-feira, 2 de agosto de 2007

Em estado pensante


O calor, quando supremo, dá para exactamente duas coisas: dormir e, eventualmente, pensar. Neste último estado que me encontro, mas quase a semi-dormir.
E penso na expressão que há uns tempos que ouvi, e já escrevi em modesto exercício bloguesco há uns tempos. A expressão reteve-me novamente a atenção: "não é fácil, mas é simples". A frase é curta, mas diz muito... e no entanto...
há tanta coisa que não é fácil: rotinas diárias instaladas, sucessivos desapontamentos, perdas e saudades, incertezas, medos e rejeições ou uma rejeição sem existência mas latente. Estas são as coisas que não são fáceis para mim (muitas há que são fáceis e felizes, mas não é sobre estas para que a expressão nos remete... quem dera!). E não consigo achar simples nenhuma destas circunstâncias. Pelo contrário, exalam complexidade, retiram de nós a energia que temos e não temos para que a nossa vida não saia totalmente amachucada e que as mossas possam ser refeitas, sem nos tornarmos em seres cépticos, frios e distantes. Não, não é fácil, e, sobretudo, não é simples. Porque a simplicidade é algo sublimemente frágil, e o quotidiano de agora não se coaduna com coisas sublimes e belas.

terça-feira, 31 de julho de 2007

Fará falta

lembro-me na minha infância, de ver sentada com o meu pai um filme que um ccavaleiro jogava uma partida de xadrez com a morte (a figura não enganava nem sequer uma criança). O filme, para mim que na altura teria pouco mais de 6 anos e estava era a brincar com os meus Pin e Pons, parecia-me particularmente estranho. Já então o achava sombrio, mas estranhamente fascinante. Passados alguns anos, voltei a ver o filme, novamente com o meu pai, mas já sem Pin e Pons... e foi assim que descobri a magia de Bergman, com O Sétimo Selo.