quinta-feira, 19 de julho de 2007

Malas à Mary Poppins

Quando era miúda havia um filme que me deliciava - A Mary Poppins - uma ama que descia pelas nuvens, dava um óptimo charope que em nada se assemelhava aos dissasbores que os médicos tinham tendência de me receitarem. Mas mais do que isto, a Mary Poppins tinha uma excelente mala, donde tudo saía, até candeiros.
Hoje em dia, raras são as senhoras que não andam com uma mala à la Mary Poppins... as maxi malas, moda de há uns anos, para todos os gostos e carteiras. E é ver-nos (falta-nos a magia da Mary Poppins que encontrava logo exactamente o que queria) fazer sair das nossas maletas, tudo e mais umas botas, quando estamos na realidade à procura de um mero par de chaves, ou tentamos furiosamente atender o telefone que não pára de tocas, mas nós, claro, não encontramos na mala sem fundo. E, assim, sai a colecção de coisas íntimas que carregamos connosco, o perfume favorito, o livro que vai na mala quando o trânsito chateia (e vamos no transporte público) ou a revista toda dobradinha, mais a escova, a agenda, e passamos horas, no meio de qualquer praça, passeio público, naquela situação algo surreal de termos tudo na mala, mas não encontrarmos nada.... falta a magia da Mary Poppins... aliás falta tanto essa magia em tantas outras coisas! (P.s. - quanto à imagem, é visitar http://www.starpulse.com/Movies/Mary_Poppins/gallery/MARYPOPPINSMV003/

segunda-feira, 16 de julho de 2007

Os retornos

Apercebo-me que a audição de música dá-se, muitas vezes, por fase. Se compramos um cd novo, temos tendência para repetidametne ouvi-lo, até nos cansarmos um pouco e passarmos para outro. O que mais recentemente me apercebi é que, em determinados momentos da vida, recorro sempre ao mesmo Cd, ao mesmo compositor, ao mesmo grupo. Num retorno ao conforto. No saber que aquela música, cd, me dará a inexplicável sensação de paz, ou me permitirá sorrir ou rir a bandeiras despregadas, lembrando-me de momentos hilariantes que com elas vivi, ou que, nos momentos menos bons, me permitiram chorar o que era necessário e refazer-me para andar para a frente. A música, essa arte sublime.